Título
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URUCUNGO
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Compositores
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LETRA
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SEVERINO
RUDES MOREIRA
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MÚSICA
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ALMIRO DORNELLES
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Intérprete
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ALMIRO DORNELLES E GRUPO QUEROMANA
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Ritmo
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VANEIRA
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CD/LP
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10ª RECULUTA DA CANÇAO CRIOULA
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Festival
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10ª RECULUTA DA CANÇAO CRIOULA
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Declamador
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Amadrinhador
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Premiações
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MÚSICA MAIS
POPULAR
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URUCUNGO
(Severino Rudes Moreira, Almiro Dorneles)
Encilhei ainda escuro, um malacara tostado,
Matungo podre de manso e por desgraça estropeado
Os colmilhos só os tocos e o beiço dependurado
Animal virado em osso que já amanhece cansado.
O Campo um matagal, lajeado e “unha de gato”
Uma terneirada xucra, bordada de carrapato,
Um rebenque sem fiel, laço comido dos ratos,
Um “guaipeca muy” atoa e o matungo de arrasto.
Toquei a tropa por diante, pressentindo a enrascada,
Trinta “vaquitas” de cria e meia dúzia de falhadas,
Um touro velho baldoso, três novilhas amojadas...
Não há Cristo que aguente “mala suerte” enfestada.
Carrapato tipo bicho e princípio de aftosa,
“Mutucal e carrapicho” deixando a tropa nervosa.
Mas a pé do que á cavalo, “oigalê” vida custosa,
Riscado de “japecanga” “urumbeva e cancorosa”.
Quando voltei lá no rancho, abria um canto de galo
“Na quase boca da noite, ardendo tudo que é calo”,
Misérias passa na vida, um índio mal á cavalo,
Na falta de quem me creia, muita coisa eu nem falo.