Alma Gaúcha
(Telmo
de Lima Freitas)
A
semente que trago na alma gaúcha
Tem
o cheiro das cinzas de muitos fogões
Tem
o canto nativo de velhos monarcas
Que
marcaram tarcas no chão das Missões
É
por isso que eu trago nas cordas do pinho
O
pó das estradas que muito cruzei
As
noites de lua, as várzeas tordilhas
Cheirando
a flexilhas que muito pisei...
Às
vezes eu mesmo cantava chorando
Montado
no baio das predileções
Nem
mesmo pensava que o tempo mudasse
E
apenas ficassem só recordações
Por
isso me lembro cantando sozinho
Antigos
caminhos que a alma guardou
E
sempre que posso cantar a meu jeito
Dou
rédeas ao peito da forma que sou...