A Volta Do Tordilho Negro
(Teixeirinha)
Aquele
tordilho negro que há muito tempo domei
Na
estância do paredão um certo dia voltei
Fui
atender o chamado da moça que a flor ganhei
Pra
chegada ter mais brilho eu fui no mesmo tordilho e as três da tarde cheguei
A
fazenda embandeirada de muito longe avistei
Um peão pra abrir a cancela meti o tordilho e
cruzei
A linda
moça na porta falou pra pai escutei
Vem
chegando o domador aquele que eu dei a flor e agora me apaixonei
Desci
do tordilho negro e a mão da moça apertei
Num
aperto carinho que ela me amava notei
Sem
sentir nada por ela pedi licença e entrei
Tava
ansiosa que eu chegasse e mandou que eu sentasse numa cadeira de rei
Logo
veio o chimarrão e a erva boa provei
Deu-me
outro sinal de amor aí me justifiquei
Não
resisti dei um beijo e pra cadeira voltei
Dei-lhe
a cuia com carinho apertei o seu dedinho que amava que confessei
Pedi
o prazo de um ano com a linda moça casei
Na
garupa do tordilho pra minha casa levei
Na
estância do paredão dois presentes eu ganhei
Duas
coisas que um home quer cavalo bom e mulher meu sonho realizei