(Severino
Moreira, Zulmar Benitez)
“Um dia foi o bem e o mal.
Hoje é o flagelo de uma
nação.
Nosso país está
envelhecido,
Por que a juventude se
consome pelo vicio”.
Da
terra vem o começo
Na
pedra se resume o final,
Pois
na terra ressurge vida
E
a pedra planta o funeral.
Da
pedra surgiu a lança,
Que
arrematou numa cruz,
É
quem acende a cobiça,
Quando
destapa e reluz.
Riscada
foi “pai de fogo”,
Moldada
se fez boleadeira,
Foi
dor de escomungados,
“Mundanas”
e feiticeiras,
Nos
pés é fio que castiga,
Por
vezes cala bem fundo,
Na
cabeça mutila sonhos,
E
a dor espalha no mundo.
Trás
a sede que não sacia,
Deixa
tudo em reviravolta,
Transitar
“o caminho da pedra”,
É
trilhar caminho sem volta.
É
seixo na caricia das águas,
E
gelo ao despencar do céu,
Na
doutrina dos “Sete Povos”,
Foi
o batismo dos “incréus”.
Na
coxilha é monumento
Trincheira
numa canhada,
No
galpão “assenta o fio”,
Pra
“gravata colorada”.
Assim se define “Pedra”,
Uma palavra universal,
Traduz miséria e luxo,
Todo
o bem e todo o mal.