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NEGRO PAMPA

Título
NEGRO PAMPA
Compositores
LETRA
GILBERTO TRINDADE
MÚSICA
ZULMAR BENITEZ
Intérprete
JOÃO QUINTANA E GRUPO PARCERIA
Ritmo
CANDOMBE
CD/LP
16ª CASILHA DA CANÇÃO FARRAPA
Festival
16ª CASILHA DA CANÇÃO FARRAPA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
3º LUGAR – LINHA TEMÁTICA FARROUPILHA

NEGRO PAMPA
(Gilberto Trindade, Zulmar Benitez)

Couro negro África mãe
Parindo navios negreiros
Alma crioula encharcada
Com sangue dos saladeiros

Ventas largas pés rachados
Entre as botas de garrão
Coração que traz nas veias
As marcas da escravidão

Faz vigília faz história
Sem questionar a razão
Nas virtudes de tua raça
Os sonhos de uma nação
Sangra o peito Negro Pampa
Que isso te faz um irmão

Como guias rotas crenças
E a fé nos cascos do pingo
Olhar preso na esperança
De um novo poente surgindo

A mão que bate no peito
Trovão despertando a terra
No viço da lança em riste
O campo pronto pra guerra


Rio Negro, Boi Preto E A Degola

Rio Negro Boi Preto E A Degola
(Caine Teixeira Garcia, Zulmar Benitez)

Mangueira de pedra
Massacre latente
Rio Negro em sangue
“irmãos” já rendidos
Facas se “servindo”
Degola inclemente
Facas se “servindo”
Em “irmãos” já rendidos
Horror no semblante

Quanto vale a vida
De um homem de bem?
Perguntaram a La Torre
Faca no pescoço
Sorriso no rosto
É sangue que escorre
Faca no pescoço
Sorriso no rosto
É sangue que escorre
É mais um que morre...
É mais um que morre!

Que tempo brabo              
Viveu o Rio Grande
De se lamentá
De vida ceifada
E morte debochada
Por todo lugar
Irmão contra irmão
Perdendo a razão              
Com ódio no olhar
Esquecendo ideais
Degolando “no más”
Num prazer de matar
Num prazer de matar
Num prazer de matar!

- E a vingança veio
Lá pelas Palmeiras –
Na mesma moeda
Degola sem trégua
Massacre em “Boi Preto”
Sangrando a terra
Massacre em “Boi Preto”
Degola sem trégua
O ódio é uma fera...
O ódio é uma fera!

Coronel Firmino
Ordenando a matança
Degola em marcha
Na faca o destino
Cabeças sem corpo
Bombeando pro nada
Cabeças sem corpo
De heróis e assassinos
Que no campo ficaram...

Que tempo brabo
Viveu o Rio Grande
De se lamentar
De vida ceifada
E morte debochada
Por todo lugar
Irmão contra irmão
Perdendo a razão
Com ódio no olhar
Esquecendo ideais
Degolando “no más”
Num prazer de matar!
Num prazer de matar!



Intérprete: Pirisca Grecco, Leonardo Paim




* Esta letra foi baseada em fatos históricos do RS, procurando abordar um pouco o “assunto” degola em nosso Estado, focando, em especial, o “Massacre do Rio Negro” e a “Mortandade em Boi Preto”, conforme consta em livros de nossa vasta bibliografia, tais como “História Ilustrada do Rio Grande do Sul, RBS Publicações, 2004”; “No Tempo das Degolas, Elói Chaves Flores, ML 1986”; “Maragatos e Pica-Paus. Guerra Civil e Degola no RS, Carlos Reverbel, POA, L&PM, 1985”, entre outros, além de depoimentos de historiadores.

Estamos publicando o áudio original do autor, gentilmente cedido pelo mesmo. Ainda não localizamos os áudios das interpretações nos festivais, bem como precisamos confirmar os intérpretes nos dois festivais em que foi defendida a marca. Quem puder ajudar de alguma forma, ficamos muito gratos.