NA ESTÂNCIA DO SOSSEGO

Título
NA ESTÂNCIA DO SOSSEGO
Compositores
LETRA
GUILHERME COLLARES
MÚSICA
LISANDRO AMARAL
CRISTIAN CAMARGO
Intérpretes
LUIZ MARENCO
CÉSAR OLIVEIRA
Ritmo

CD/LP
19ª GAUDERIADA DA CANÇÃO NATIVA
Festival
19ª GAUDERIADA DA CANÇÃO NATIVA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
MELHOR TEMA CAMPEIRO

NA ESTÂNCIA DO SOSSEGO
(Guilherme Collares, Lisandro Amaral, Cristian Camargo)

"Diz o Lalinho pro Olavo na cozinha:
- Toca a tropilha do potreiro do açude
E grita o Lúcio pro Beto, lá na mangueira:
Levamo os poncho, facilita o tempo mude"

Um galo corta o silêncio da madrugada
A lua nova vem mangueando a escuridão
A cavalhada chega quieta, e na mangueira
Vapor de lombo se mistura à cerração

Levo a cabresto este meu baio cabos negros
Um companheiro de trabalho e de anarquia
Groseio os cascos, amolecidos de sereno
Enquanto a D'alva reponta a barras do dia

O negro Olavo sai falando nas mimosa
Tapeando a cara de um mouro bruto de freio
E grita o Beto pra baia marca virada:
- Afrouxa o lombo, que o mango te parte ao meio

É no rodeio do Sinuelo que eu sou gente
Abro meu baio pro lado oposto da trança
Um touro berra laçado da meia cara
Garreia o bruto, tio Lalo, que ele se amansa

No fim do dia, de volta a hora do mate
De causo e risos que um campeiro não se entrega
Sem nos dar conta resgatamos nossa essência
Enquanto a lua vai nascendo atrás das pedras

Estância velha, Sossego, Rincão das Palmas
És rumo e norte, aonde encontro guarita
Herança bruta timbrada a casco de potro
Lida gaúcha que da força à nossas vidas.