O Campo E O Moço
(Rômulo Chaves, Nilton Ferreira)
O moço calado enxerga o passado diante do olhar
É o velho campo que tem novo manto a vir rebrotar...
O moço olha a vida na várzea estendida ao sol de verão
E pensa silente, que um dia o vivente abraça seu chão
Foi muito importante aquele instante que se fez imagem
Era o campo vivendo e a terra escrevendo sua mensagem
O chão é marcado do rastro deixado por quem veio antes
Mas o moço já sabe que a ele é que cabe o tempo distante!
O campo é essência, berço e querência de pátria e rincão
Por ele que a mesa ganha a certeza da benção do pão...
A vida é quem dita às marcas escritas no campo do rosto
E torna campeiro, o piazito faceiro que havia no moço!
O campo gosta desta resposta que o tempo é quem diz
Que a cada colheita, a vida é refeita no sul do país...
Ali do seu jeito, com todo o respeito, o moço não cansa
Sabe o que quer e venha o que vier, mantém a esperança!
Os sonhos plantados – no campo sagrado – são luz para a fé
E as mãos de quem planta fazem da pampa maior do que é!
O futuro é melhor, benzido no suor, revela outro tanto
O destino habita na face bendita do moço e do campo!
Intérpretes:
Nilton Ferreira, Fernando Saccol
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