Um Cantar Pra Cenair
(Marcelo D´Ávila, Miguel Villalba)
Calou tua voz missioneira
Que tantas vezes cantou,
Que tanta vez encantou
Pelas rondas galponeiras
E a guitarra companheira
Sentindo a dor do abandono
Chora a ausência de seu dono
Sabendo que já partiste
E entoa milongas tristes
Para velar o teu sono.
As águas do teu batismo -
O rio da tua mocidade -
Se revestem de saudade
Transbordando o gauchismo
E um cântico de lirismo
Com cheiro de Cabriúva
Respinga em gotas de chuva
A regar tuas sementes:
É um lamento de Corrientes
Às terras de Tucunduva.
Os campos de M´Bororé
Se agrandaram na distância
Te vejo na Grande Estância
Num galpão de Santa Fé
A matear junto a Sepé
O amargo da eternidade
Mostrando pra humanidade
Com a guitarra e a lança
O braseiro da esperança
E a chama da Liberdade!
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