Noite De Pinho E Luar
(Marcelo D´Ávila, Miguel Villalba)
Nas noites que guitarreio
Por capricho, junto às águas,
Dou rédeas aos meus anseios
E o pinho chora suas mágoas.
A cadência melodiosa
Convida a lua que voa
A vir se mirar, vaidosa,
No espelho da lagoa.
Ao percebê-la tão perto
Estremece o violão
Sentindo haver descoberto
Os mistérios da paixão.
Querendo agradar a amada
O pinho galanteador
Numa copla improvisada
Soluça versos de amor.
A lua suspira e cora
Diante de tanta poesia
Mas sabe que irá embora
Quando chegar novo dia.
Quando, enfim, o sol desperta
Junto ao dia adormecido
O pinho se desconcerta
Chorando o amor perdido.
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