Chamarrona De Campanha
(Getulio
Silva, Diego Goulart Muller, Walther Morais)
Chamarrona
de campanha
Floriada
a dedo de taita
Numa
empoeirada gaita
Comprada
lá nas carreiras
Dita
as noites missioneiras
Neste
galpão macanudo
Onde
se encontra de tudo
Destes
lados da fronteira
Eu
que me criei campeiro
Conheço
o galo que canta
E
o mais florão das percantas
Nos
bailes de chão batido
Pois
me vejo comovido
Quando
o instinto me apura
A
floria lotes de jura
Cochichando
ao pé do ouvido
Chorominga
a botoneira
Todo
mundo sarandeia
O
candieiro balanceia
No
tranco da chamarrona
Minha
guecha redomona
La
embaixo da figueira
Relincha
a noite inteira
Pra
os bufido da cordeona
Escarvando
o chão da sala
Vou
de um jeito mal costiado
Num
romance abagualado
Aonde
a chinoca esbarra
Que
um ponteio de guitarra
Dita
o embalo da dança
Se
mi’alma xucra balança
Num
compassão de chamarra
E
sei que um baile de candieiro
É
um bagual intretimento
Pra
um índio cento por cento
Se
embalar na chamarrona
Nos
braço d’uma temporona
Nas
bailantas missioneiras
E
bailar noites inteiras
Inté
encharcar a carona
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