Final De Seca
(Jayme Caetano Braun, Leonel Gomez)
Prás bandas do poente, ergueu-se uma barra
Calou-se a cigarra, assim de repente
E um som diferente, ponteou de guitarra
Calou-se a cigarra, assim de repente
E um som diferente, ponteou de guitarra
Lá longe bem longe, faísca e troveja
Silêncio de igreja, com ecos de bronze
Nas preces do monge, no amém do assim seja
Silêncio de igreja, com ecos de bronze
Nas preces do monge, no amém do assim seja
Tropeando a lonjura, o tempo que berra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
O tempo desaba, o mundo se adoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba, e tudo remoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba, e tudo remoça
Nas almas sedentas, não é diferente
As barras do poente, que se erguem violentas
Depois das tormentas, acalmam a gente
Se as safras perdidas, tivessem gargantas
Podiam ser santas, da searas da vida
São tão parecidas, as almas e as plantas
Podiam ser santas, da searas da vida
São tão parecidas, as almas e as plantas
Tropeando a lonjura, o tempo que berra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
O tempo desaba, o mundo se adoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba, e tudo remoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba, e tudo remoça
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