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Tordilho Vinagre

Tordilho Vinagre
(Lauro Antonio Correa Simões, Luiz Cardoso)

Quando se doma um tordilho
Só existem dois caminhos
Ou se faz dele um amigo
Com paciência e com carinho
De outro modo é cascavel
Batendo o guizo no ninho

Quando encilho o meu tordilho
A cincha no osso do peito
Enfrenado em lua certa
E arrocina do apreceito
Qualquer rancho é um postal
Com ele no parapeito

Nas festas da gauchada
Emprestado da fazenda
Seu trote é um vôo de garça
Ao selim que faz legenda
Tosado de cogodilho
Para o andar de uma prenda

Dizem que o mar é um tordilho
Se não é quem dera fosse
Quando um raio se despenca
É um baio que desgarrou-se
Pois meu tordilho vinagre
Nasceu do vinho mais doce

Sendo de pelo tordilho
Não existe outro regalo
Melhor ponteiro de tropa
Um peão dá de à cavalo
Engolindo os horizontes
Assim me gusta de um pealo

Enquanto o verso gaucho
Cantar pingos nos lombilhos
Esses parceiros de lida
Legado de pai pra filho
Segue o Rio Grande à cavalo
Sobre o lombo de um tordilho

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