Tropeando
(Júlio Machado Da SIlva Filho, Colmar Duarte)
No campo aberto desta vida a fora
Sou um tropeiro errante, que hoje passa
Arreando os magros sonhos por pirraça,
No rumo de uma noite sem aurora.
Busca a tropa, sem pressa, o horizonte
Farejando a querência contra o vento,
Bebendo em cada aguada novo alento,
Em cada ronda ansiando outro reponte.
E quando, já no fim desta jornada,
Me disser que está perto o patrão velho,
Algum taura, vaqueano da chegada,
Com o chapéu de aba bem tapeada,
Quero ir entrando a rebolear o relho
Sem ter perdido a tropa pela estrada