Sina
Das Almas
(Caine Teixeira Garcia, Zulmar
Benitez)
São almas que cruzam...
Numa sede de caminhos,
Numa busca de carinhos,
Num carência de afagos...
São almas que lutam...
De uma forma insistente,
Prá que não morram
sementes
No ventre antigo dos
pagos!
São almas que
anseiam...
Pelas refregas, peleias
Por defender a bandeira
Deixada como legado...
Eterna sina das almas,
Que são campeiras de fato
De andar repisando rastros
Que o tempo jamais apaga
Sina das almas, eternas,
Que temem a despedida
Da pampa, que foi em vida
Bem mais que sua morada...
São almas que habitam...
O ermo dos campos santos
Tantos no meio de tantos
Tiveram destinos
logrados...
São almas que insistem...
Em renegar a distância
Que “hay” entre céu e
pampa
Entre presente e
passado...
São almas que voltam...
Para junto das fogueiras
Prá no chiar das chaleiras
Renascerem num amargo....
INTÉRPRETE: MARCELO OLIVEIRA