Senhora dos Descampados
(Gujo Teixeira, Rodrigo Bauer, Jairo Lambari Fernandes)
Senhora dos Descampados, ouve essa prece a lo largo!
Que eu rezo em frente ao fogo, solito com meu amargo...
Senhora dos Descampados, escuta aquilo que falo
Com meu olhar estendido, que já nasceu de a cavalo!
Eu sou campeiro e me habito nesse galpão de invernada;
Um posto humilde, mas donde, Deus sempre teve morada...
Não sei o terço e na igreja não fui mais que umas três “vez”
Mas minha fé me acompanha nos trinta dias do mês!
Rezo em silêncio nos campos, na sombra de algum capão...
E, embora eu não fale nada, escuta a minha oração!
Livra o campeiro do tombo, do coice e do manotaço;
Desvia o fogo do raio e as contra voltas do laço!
Junto a esta cruz solitária, lhe deixo velas acesas
Pra lhe pedir que não falte, nunca, bóia sobre a mesa.
Trago outra cruz de Lorena, dependurada no peito
Na bendição que me guarda, em ser cristão, deste jeito !
Na minha reza de campo, faltam palavras, eu sei...
Mas tem a fé, verdadeira, por tudo que eu conquistei...
Te faço imagem em meus olhos, te vejo plena de céu
E frente a ti, me condeno, me calo e saco o chapéu.
Embora cuide dos campos, encontra um tempo pra mim!
Eu nunca perco a esperança, alçada pelos confins...
Eu sei que vida da gente, tem sempre um rumo traçado
Por isso, rezo e lhe peço, proteja estes descampados...
(Gujo Teixeira, Rodrigo Bauer, Jairo Lambari Fernandes)
Senhora dos Descampados, ouve essa prece a lo largo!
Que eu rezo em frente ao fogo, solito com meu amargo...
Senhora dos Descampados, escuta aquilo que falo
Com meu olhar estendido, que já nasceu de a cavalo!
Eu sou campeiro e me habito nesse galpão de invernada;
Um posto humilde, mas donde, Deus sempre teve morada...
Não sei o terço e na igreja não fui mais que umas três “vez”
Mas minha fé me acompanha nos trinta dias do mês!
Rezo em silêncio nos campos, na sombra de algum capão...
E, embora eu não fale nada, escuta a minha oração!
Livra o campeiro do tombo, do coice e do manotaço;
Desvia o fogo do raio e as contra voltas do laço!
Junto a esta cruz solitária, lhe deixo velas acesas
Pra lhe pedir que não falte, nunca, bóia sobre a mesa.
Trago outra cruz de Lorena, dependurada no peito
Na bendição que me guarda, em ser cristão, deste jeito !
Na minha reza de campo, faltam palavras, eu sei...
Mas tem a fé, verdadeira, por tudo que eu conquistei...
Te faço imagem em meus olhos, te vejo plena de céu
E frente a ti, me condeno, me calo e saco o chapéu.
Embora cuide dos campos, encontra um tempo pra mim!
Eu nunca perco a esperança, alçada pelos confins...
Eu sei que vida da gente, tem sempre um rumo traçado
Por isso, rezo e lhe peço, proteja estes descampados...