Quitandeira
(Sadi
Machado, Miguel Marques)
Quitandeeeiraaa!
De
trança comprida e seu chapéu de palha
Numa
gueixa baia já de lombo arcado
Vai
entrando cedo, é segunda-feira
Velha
quitandeira chega no povoado
Entra
no povo planejando a venda
Lembra
as encomendas da última viagem
Lá
na hospedagem da velha Ritoca
Moranga
e mandioca e o feijão-de-vagem
A
quitanda pesa, a gueixa amiúda o trote
Ela
lembra o piazote de colo que mama
Que
ficou em casa pra mana cuidar
Mas
quando acordar, ele chora e lhe chama
Quando
vende cedo, foi bem de quitanda
Agradece
a Deus a sorte que tem
Lá
no bolicho do velho Miranda
Já
tratou uns queijos pra viagem que vem
E
volta feliz porque a vida é bela
Já
comprou de vinda o que estava faltando
Erva
de mate, sal e querosene
E
a canha pro velho que ficou plantando
Quando
vende cedo, foi bem de quitanda
Agradece
a Deus a sorte que tem
Lá
no bolicho do velho Miranda
Já
tratou uns queijos pra viagem que vem
E
volta feliz porque a vida é bela
Já
comprou de vinda o que estava faltando
Erva
de mate, sal e querosene
E
a canha pro velho que ficou plantando