Polca De Relação
(Elton Saldanha)
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de porfia
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Não namoro teus cabelos
Nem o brinco das “oreia”
Namoro teu lindo “zóio”
Debaixo da “sobranceia”
No trejeito da cordeona
As “siá donas” temporonas
No compasso das choronas
Procurando um folgazão
As miradas de queixumes
Jogos desfiando perfumes
Pescada de vagalumes
Braseiros no coração
Eu te miro, tu me bombeia
Só neste chove não “móia”
Se tu não quer adoçar minha vida
O mel de “abeia”
Então por que que tu me “óia”?
Com manhas de rodilhudos
Um xirú “carca” o garrão
Corta a marca aposta tudo
E se perde nas relação
Quando eu canto
Eu me “alembro”
Da estância dos “ocalitro”
Não bebo leite de cabra
Só de nojo do cabrito
Canta um verso cantador
Canta um verso
Quem sabe encontramos um par
Canta um verso cantador
Canta um verso
Vale a pena cantar