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Nego Mário Pataqueiro


Nego Mário Pataqueiro
(Roger Machado)

Silenciou tentos e esporas
Do taura das pataquadas
Se foi pra outra invernada
Com cinto a faca e o chapéu
Quem sabe meu verso campeiro
Chegue ao Mário pataquero
E me escute lá do céu

Na arte da gineteada
Era um guapo macanudo
Índio taura melenudo
Que o tempo jamais esquece
Foi criado na fazenda
E hoje ficou tua lenda
Pois tua história merece

Bueno contador de causos
Foi guasqueiro e domador
Traz golpes no tirador
De algum malino beiçudo
As esporas tilintavam
De vez em quando cortavam
Com couro costela e tudo.

E as toras do negro Mário
Eram coisas de outro mundo
Os ferros cortando fundo
E o “urco” num sarandeio
Mais agarrado que um gato
Grudado igual carrapato
Num pelado de rodeio

Meu verso em forma de prece
Peço que te encontre com os outros
Que viveram golpeando potros
Assim como tu viveu
Teus causos ficam na mente
E hoje ficam pra semente
Pra quem não te conheceu

Aqui encerro esta rima
Adeus e muito obrigado
Foi homem dos aporreados
Este homem que me escuta
Aqui tu estás novamente
Pois te ouvi antigamente
No palco da Reculuta.