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Baile Xucro

Baile Xucro
(Necir Dorneles, Bernardinho Pires)

A quanto tempo não se vê uma oito baixos
Resmungando num galpão
Churumingando no bugio e na vaneira
Como antes era neste chão.

Em cada canto do galpão um candeeiro
Num luzque-fusque de luz fraca e de poeira
E a voz crioula da cordeona noite a dentro
Se afundava nas campanhas da fronteira.

Meu pensamento galopeia tempo a fora
Me relembrando das festanças do rincão
Ainda me sinto um piazote de campanha
Cantando versos na polca relação.

O baile xucro pouco a pouco foi morrendo
Não se vê mais a oito baixos num galpão
Mas sempre há de renascer tua alembrança
Prá que não morra os costumes deste chão.