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Na Hora do Mate


Na Hora do Mate
(Juca Moraes)

Nas tardes longas de infinda espera
Quando a saudade se fizer parceira
O pensamento abandona o cuera
Pra se encontrar com sua companheira

E nesse encontro terno de magia
Que os mais sensíveis deixam florescer
E erva amiga adocica a alma
Por mais caúna que ela possa ser

Quem não tiver pra onde ir
Largas estradas não serão caminhos
E o chimarrão só será amargo
Pra quem tiver que chimarrear sozinho

Quando se ama alguém que está distante
Não há lonjura que possa separar
O amor encurta todos os caminhos
Que a saudade insiste em alongar

Quem nunca amou não vai sentir saudade
Nem percorrer estradas de ilusão
E erva boa que adocica a alma
Pois o amargo está no coração