Milonga Para Puxar Potro
(Thales Barthl, Edgar Martins)
Bater de cascos prenunciava as
sesmaria
Ringindo os bastos acordava a
calmaria
E a cuscada já de pronto
alvoroço
Latia firme no raiar de um novo
dia
Mate cevado apadrinhando
campeiros
Mirando ao canto a silhueta da
aurora
Sendo templados por rituais
fogoneros
E sem demora posso ouvir o tinir
da espora
Numa mangueira um buçal e uma
tropilha
Sovo as rendilhas num apero de
respeito
Pra ficar égua de apartar boi na
invernada
E andar calçado nas rosetas da
chilenas
Numa mangueira um buçal e uma
tropilha
Sovo as rendilhas num apero de
respeito
Pra ficar égua de apartar boi na
invernada
E andar calçado nas rosetas da
chilenas
Toda Ciência se resume num palanque
Onde se encosta nas garras de
couro crú
Pois se o fronteiro tem perícia
com bagual
Hay muita Clina na Alma de um
Paysandu
Vida campeira que em muitos mete
medo
Contam segredos que pra mim valem
ouro
Sou quem vê mais o potro pelo que
ele é
Valor aos bichos que tem alma
sobre o couro.
Numa mangueira um buçal e uma
tropilha
Sovo as rendilhas num apero de
respeito
Pra ficar égua de apartar boi na
invernada
E andar calçado nas rosetas da
chilenas
Numa mangueira um buçal e uma
tropilha
Sovo as rendilhas num apero de
respeito
Pra ficar égua de apartar boi na
invernada
E andar calçado nas rosetas da
chilenas
Intérprete: Renato Jaguarão