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DIVISAS COM ERVA E CHIBO

 

TÍTULO

DIVISAS COM ERVA E CHIBO

COMPOSITORES

LETRA

HELMO DE FREITAS

MÚSICA

HELMO DE FREITAS

INTÉRPRETE

HELMO DE FREITAS

MANOEL CAMAQUÃ

RITMO

CD/LP

2ª INÚBIA DA CANTIGA NATIVA

FESTIVAL

2ª INÚBIA DA CANTIGA NATIVA

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

1º LUGAR

MÚSICA MAIS POPULAR

 

DIVISAS COM ERVA E CHIBO
(Helmo de Freitas)
 
Na erva da Aninha, não tinha daninha, era a seiva da mata lá da Bandeirinha
Daquele local na Serra do Herval, abriu-se divisas pra banda oriental
A barbuda estancieira, foi a primeira a cruzar com erva nossa fronteira
Saia dos galpões com bruaca e surrões nas cangalhas e mulas pras embarcações
 
A barbuda estancieira, foi a primeira a cruzar com erva nossa fronteira
Saia dos galpões com bruaca e surrões nas cangalhas e mulas pras embarcações
 
Da grande Laguna entrava no oceano rumo aos castelhano o barco ia navegando
No porão o símbolo da união dos pampianos que o sul do Rio Grande estava exportando
Pra colônia Canária aqui dos Pomeranos uma leva da erva, os tamancões lorensianos
Botas feitas em Pelotas bem a gosto paisano para fazer chibo allá com os hermanos
Quem ia voltava com o cinto forrado de Onça e Condor daquele mercado
De contrabando prata e ouro cunhado que vinha tapado no sebo do gado
 
Na erva da Aninha, não tinha daninha, era a seiva da mata lá da Bandeirinha
Daquele local na Serra do Herval, abriu-se divisas pra banda oriental
 
Da grande Laguna entrava no oceano rumo aos castelhano o barco ia navegando
No porão o símbolo da união dos pampianos que o sul do Rio Grande estava exportando
Pra colônia Canária aqui dos Pomeranos uma leva da erva, os tamancões lorensianos
Botas feitas em Pelotas bem a gosto paisano para fazer chibo allá com os hermanos
Quem ia voltava com o cinto forrado de Onça e Condor daquele mercado
De contrabando prata e ouro cunhado que vinha tapado no sebo do gado
 
Na erva da Aninha, não tinha daninha, era a seiva da mata lá da Bandeirinha
Daquele local na Serra do Herval, abriu-se divisas pra banda oriental





Lago Verde-Azul


Lago Verde-Azul
(Helmo de Freitas)

O medo de andar solito
Ouvindo vozes e gritos
E até do barco um apito
Na sua imaginação
Olhos esbugalhados
Do moleque assustado,
Olhando aquele mar bravo
Ora doce, ora salgado
Num temporal de verão

Sem camisa na beirada,
Bombachita arremangada,
Botou petiço na estrada
Quando a areia lhe guasqueou
Sentiu um arrepio
Com aquele ar frio
Que o açude e rio
E as águas que ele viu
Não lhe provocou

Coqueiro e figueira dos matos
E a bela Lagoa Dos Patos,
Ó verdadeiro tesouro
Lago verde-azul
Que na América Do Sul
Deus botou pra bebedouro

Tempos que ainda tinha
O bailado da tainha
Quando o boto vinha
Com gaivotas em revoada
E entre outros animais,
No meio dos juncais,
Surgiam patos baguais
Que hoje não se vê mais
Este símbolo da aguada

Na noite de lua cheia,
A gente sentava na areia
Para ver se ouvia a sereia
Entre as ondas cantando
E hoje eu volto ali,
No lugar que eu vivi,
Onde nasci quando guri
Me olho lagoa em ti
E me enxergo chorando

Coqueiro e figueira dos matos
E a bela Lagoa Dos Patos,
Ó verdadeiro tesouro
Lago verde-azul
Que na América Do Sul
Deus botou pra bebedouro