Hace Tiempo
(Jader
Leal)
Hace
tiempo que as manhãs lá da estância
Não
me encontram na “Invernada d’Ocalito”
Juntando
o gado pra repassar no rodeio
Quando
encilhava e ia ao tranco do zainito
Hace
tiempo que os tentos do meu laço
Não
cerram nas aspas de uma novilha
E
um redomão não se arrasta “veiaquiando”
Pra
eu forcejar num pelado de coxilha
Hace
tempo, mas ainda sou o mesmo
Que
a madrugada encontrava no galpão
Com
olhos claros de lua e de sereno...
Hace
tempo e não olvido meu rincão”
Hace
tiempo que o lombo do cavalete
É
morada do meu basto Paysandú
E
as esporas são enfeites na parede
Com
o bocal que ressecou o couro cru...
Hace
tempo que aquele cusco amigo
Costeava
o pingo no seu posto de escolta
E
era o mesmo que alvorotava encilha
Fiel
parceiro, no tranco de ida e volta