Serrana De Vacaria
(Dionísio
Costa, João Carlos Amaral Portella, Eliandro Luz)
Vou
ter que virar a erva, solito escutando a prosa
De
uma goteira teimosa, junto ao fogo onde me aqueço
Já
tô de pé mas no entanto, vou sair só daqui à pouco
Que
o tempo mudou de sôco, virando o mundo do avesso
Passei
a noite mateando, pois o meu sono não veio
E
eu fiquei sentando arreio, no flete do pensamento
Andejei
pela lembrança, de um velho sonho desfeito
Que
no rancho do meu peito, não desfez o acampamento
Se
não fosse o tempo louco, que chegou co’a madrugada
Eu
já estaria na estrada, bem a antes de “clareá” o dia
Mas
logo depois da chuva, deixo pra trás minha terra
Pra
visitar lá na serra, a serrana de Vacaria
Ela
tem cabelos negros e um sorriso encantador
Como
se fosse uma flor, que brotou entre os pinheiros
Beleza
que só se encontra, nesta serrana querência
Na
singeleza de hortênsias, no caminho dos tropeiros
A chuvarada
de agora e essa noite mal dormida
Me
fizeram ver que a vida, é mais que viver sonhando
Vou
transformar meu destino, num temporal de alegria
Serrana
de Vacaria, me espere que eu tô chegando