De
Vida E Flor
(Tarciane Tebaldi, Cristiano
Cesarino)
Numa tapera junto às águas do açude
Vivia um lírio solitário e tristonho
Só não sabia que no meio dessas águas
Adormecia uma vitória régia em lindo sonho.
Vivia um lírio solitário e tristonho
Só não sabia que no meio dessas águas
Adormecia uma vitória régia em lindo sonho.
Percebeu o triste lírio que na noite
Nas águas mansas se acordava com a lua
E no silencio de um olhar assim nasceu
O amor que entre dois seres floresceu
Enquanto o sol despertava a natureza
A flor branca dormia sob o azul do céu
E o lírio que ali a admirava
Espera o seu encontro sobre o véu
Mas o destino assim fez-se profecia
O sol e a lua não surgiram no horizonte
As águas mansas se fizeram rebeldia
Levando o lírio ao encontro de um instante
Momento único de amor e alegria
O lírio foi se afundando lentamente
Levando as lagrimas do dia que surgia
E olhar daquela flor eternamente
E a tristeza tomou conta da tapera
E até o vento assoviava muita dor
Mas se fez sábia a natureza nessa espera
Trazendo o fruto consumado desse amor
E ali na beira daquele velho açude
Nasceu o broto sem dizer espécie em flor
Pois ninguém sabe o que virá desse encontro
Em que o destino fez-se grande ditador