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Com Cisco Nos Olhos


Com Cisco Nos Olhos
(Mauro Moraes)

Meu radinho de pilha toca de tudo,
Tudo que eu acho bom!
A lembrança de amigos nos discos, o pago enfim,
Tudo o que me faz feliz...

Ele é o culpado de todo esse amor,
Ele é o silêncio, meu convidado
É o estado de todas as coisas
Que a alma aquece guardado!

Não sei como um coração, pleno em felicidade
Possa ás vezes tornar-se, um poço de tristeza
Quando escuto as notícias da minha saudade
E o violão desafina, a corda arrebenta!

Apesar dos pesares, o que mais me machuca
É a distância de dentro que a gente retruca
É o pecado de haver endurecido o carinho,
Milongueando sozinho com o mate lavado!

É ficar em si mesmo proseando à toa,
Com a manada nos olhos da sua pessoa,
É não ter vergonha de chorar, quando se está feliz...
Com a alegria dos outros voltando pra si!

Madrugadas Gavionas


Madrugadas Gavionas
(Jairo Lambari Fernandes, Cristiano Quevedo)

Mirei a última estrela, quando já clareava o dia
Entre gaitas poesia e guitarreiros da fronteira
Ou de minha alma guerreira, retornara à querência
Pra beber a própria essência da velha pátria campeira

Ah, meu Rio Grande crioulo, de guitarras e cordeonas
Canto tropas e potreadas nas madrugadas gavionas

Mirei a última estrela, emponchado de telurismo
Ouvi a voz do atavismo da pátria mãe que nos chama
Pra neste fim de semana, reverenciar a cultura
Num manancial que emoldura a casta xucra haragana

Por certo vou continuar, a mirar a última estrela
Esta luz guia sinuela de tropeiros e andantes
E quem é que nos garante que este astro fogoneiro
Não é um fogão fronteiro, dos que já foram antes