(Binho
Pires, Érlon Péricles)
Corta
taquara pra alinhar a cerca
Que
não tem perca essa porfia
Moceia
as trama, fura os palanques
Até
de tarde atemo as guia...
Vou
cavoucando na tabatinga
Essa
restinga “ta” me judiando...
Lajedo
brabo, fundão de passo
E
eu vou no braço me sustentando...
A
maderama toda de lei
Classifiquei
na moda “véia”
Só
puro cerne que eu vou socando
E
vai ficando que é uma “tetéia”
Vamo
cortando cerro e canhada
Pouca
risada, muita labuta
De
noitezinha me vou pra vila
E
deixo os pilas lá no *“chicuta”.
Cava
que cava, soca que soca,
Fura
que fura, bota que bota,
Que
nem tatu, abrindo toca,
Fazendo
cerca na bossoroca.
Estronca
forte, mestre de angico
Firma
o rabicho e vai tenteando
Mordente
e gancho, braço e corrente
Ringindo
os dentes vamo estirando
São
cinco liso e depois o “farpa”
Que
dão as cartas nesse tirão
Cerca
gaúcha, campo e rodeio
De
dar costeio até em lebrão
É
timbaúva, rincão do ipê
Oigaletê,
taquarembó,
É
a bossoroca velha tronqueira
Bem
missioneira como ela só.
*salão
de baile tradicional nos pagos da Bossoroca