TÍTULO |
MILONGA DE TODA LIDA |
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COMPOSITORES |
LETRA |
SILVÉRIO MOTTA |
MÚSICA |
URGEL GORZIZA DE SOUZA |
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INTÉRPRETE |
RUI CARLOS ÁVILA (TRIAGEM) GEOVANI BOAZAN SILVEIRA (FESTIVAL) |
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RITMO |
MILONGA |
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CD/LP |
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FESTIVAL |
8º CAMPO A FORA |
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MÚSICOS |
JAN BITENCOURT (VIOLÃO E VOZ) GEOVANE BOAZAN SILVEIRA (VIOLÃO E INTERPRETAÇÃO) RAFAEL VEIGA (VIOLÃO) EDUARDO (GAITA) |
MILONGA DE TODA LIDA
(Silvério Motta, Urgel Gorziza de Souza)
Milonga brota no
pampa,
Dentre as
cordas da guitarra
Qual um potro
vem pras garras,
Pro costeio do
“domero”,
Depois passa o
dia inteiro
Campereando inspirações
Que povoam as
ilusões
De cantor e guitarreiro.
Milonga que é
nostalgia,
Emoção e
sentimento
É o galope
contra o vento
De quem vai
bem a cavalo,
Milonga é o
canto dos galos
Prenunciando alvorada
Serena e bem
arreglada
É Pátria feito
um regalo.
Milonga moura
ou gateada,
Zaina, picaça ou
rosilha
Lobuna, baia,
tordilha
A pelagem
pouco importa,
Companheira
que conforta
Nos dias de vento
norte
É culo e também
é sorte
Do osso que se
dá volta.
(Recitado)
Uma milonga uruguaia
Rio-grandense ou argentina
Nenhuma cor discrimina
Pois tem a mesma bandeira,
Milonga não tem fronteiras
- calhandria, tero e zorzal -
Trança forte de buçal
Libres, santana e rivera.
Milonga dos
payadores
Noel, Jayme e
Aureliano
É o sonido
mais pampeano
Das seis
cordas do alambrado,
Reparte o hino
sagrado
Dos guerreiros
ancestrais
Que se
tornaram imortais
Pelo sangue
derramado.
Milonga de
cola atada
Canta o ontem
e o amanhã
Tingida de
picumã
Das brasas de
algum fogão
Que aquenta rancho
e galpão
Do humilde
peão de estância
Que ouviu
desde a sua infância
O som que sai
do bordão.
O ponteio da
guitarra,
A alma presa à
garganta
E a Pátria que
se levanta
Quando esta
marca ressonga
Neste cantar
que se alonga
Que alegra ou entristece
Pra se tornar
uma prece
Batizada de
Milonga.
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