Tocando Um Baio Por Diante
(Gujo
Texeira, Vitor Amorim)
Não
facilita morena
Que
esse baio é redomão
Vem
de bocal bem atado
Nas
rédea firme da mão.
Apertei
um basto novo
No cinchão
da barrigueira
Pra
fazer quase seis léguas
Desde
de lá das “Cordilhera”.
Ganhei
folga, é dia santo
Mas
vim bem recomendado
Pra
voltar segunda, cedo
Pois
tem aparte no gado.
Apeiei
lá nas Parada
Só pra
compor os arreio
Pingo
novo, pelas pedra
Tem
que tocar com receio.
Cruzei,
mas nem apeiei
Numa
Estância Macanuda
Se eu
não viesse bem montado
Eu pedia
um pingo de muda.
Lá
na cruzada do Arroio
Tirei
o pó das mangueira
E acomodei
minha estampa
Por
que ainda é sexta feira.
Vim
de fora, me cuidando
Pois
se “se pega” eu não caio
Mas
vim cansando meus pulso
Querendo
parar esse baio.
Comecei
firmar na boca
Puxando
“de vagarinho”
Veio
só parar aqui dentro
No pátio
do teu ranchinho.
Não
deixo tu “dá uma volta”
Que
ainda não tá bem manso
Quando
voltar, mês que vem
Pelo
buçal, eu te alcanço.
Falta
só ajeitar da boca
Esse
meu baio torena
Que
se não firmo na rédea
Te atropelava,
morena !
Minha
estampa de fronteira
Ajeitei
quando saí...
Pra
trazer esse baio oveiro
Que
eu tô amansando pra ti.
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