Minuano

Minuano
(Humberto Zanatta, Luiz Carlos Borges)

É um vento xucro que tem nome, tem história
Sua canção sobe a coxilha e se consome
Quem não conhece este vento meio gente
Jeito de índio, Minuano é teu nome

Chega de longe no seu tranco conhecido
Como um irmão que veio o outro visitar
E se entrevera nas rodadas galponeiras
Soprando o fogo pra chaleira esquentar

Fala de paz, fala de guerra, lembra o amor
Conta a verdade, pois mentir não aprendeu
A sua voz tem os lamentos do Rio Grande
E a viva marca de um povo que não morreu

Encilho o pingo despacito e, noite adentro,
Saio assobiando, cavalgando pensativo
Sinto no peito a força rude desse vento
Saudando o índio minuano em mim cativo

Olhando o céu, as estrelas e o pampa
Na estampa linda que se perde na distância
Tenho vontade de reunir todos os índios
Em um rodeio de irmãos na mesma estância

Vento de paz, vento de guerras e de amor
Conta verdades a teu povo que é o meu
Canta o Rio Grande e o gaúcho te dirá
Que o bravo índio Minuano não morreu

É um vento xucro que tem nome, tem história
Sua canção sobe a coxilha e se consome
Quem não conhece este vento meio gente
Jeito de índio, Minuano é teu nome



MINUANO - Luiz Carlos Borges by Guascaletras

Um comentário:

  1. É um vento xucro que tem nome, tem história
    Sua canção sobe a coxilha e se consome
    Quem não conhece este vento meio gente
    Jeito de índio, Minuano até no nome

    Chega de longe no seu tranco conhecido
    Como um irmão que veio o outro visitar
    E se entrevera nas rodadas galponeiras
    Soprando o fogo pra chaleira esquentar

    Fala de paz, fala de guerras, lembra o amor
    Conta a verdades, pois mentir não aprendeu
    A sua voz tem os lamentos do Rio Grande
    E a viva marca de um povo que não morreu

    Encilho o pingo despacito e, noite adentro,
    Saio assobiando, cavalgando pensativo
    Sinto no peito a força rude desse vento
    Saudando o índio minuano em mim cativo

    Olhando o céu, as estrelas e o pampa
    Na estampa linda que se perde na distância
    Tenho vontade de reunir todos os índios
    Em um rodeio de irmãos na mesma estância

    Vento de paz, vento de guerras e de amor
    Conta verdades a teu povo que é o meu
    Canta o Rio Grande e um gaúcho te dirá
    Que o bravo índio Minuano não morreu

    É um vento xucro que tem nome, tem história
    Sua canção sobe a coxilha e se consome
    Quem não conhece este vento meio gente
    Jeito de índio, Minuano até no nome

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