Um Verso Antigo
(Leonardo
Quadros)
Se
chega o verso pedindo vaza
Em
frente as casa num jeito antigo
Então
recosto cuia e cambona
Pra
matear na tarde com um bom amigo
Assim
o verso se faz poesia
Com
melodia e cheio de encanto
Alma
e garganta em sinfonia
Com
a quietude de um fundo de campo
Quando
um verso antigo vem pedir pousada
Encurtando
a estrada, abrindo porteiras
Charla
galponeira, pelas madrugadas
Num
jeitão de campo, de várzea e fronteira
No
fim da tarde mate lavado
Um
pingo atado num tarumã
Relincha
alerta mais entonado
Que
o galo que canta nas manhãs
No
galpão grande o fogão acorda
Tinir
de cordas de uma guitarra
Fundo
de campo voz de tajã
E
o picumã na quincha se agarra
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