(Jader Leal, Mateus Lampert)
Num
fundo de campo
Um
posto da estância
Silêncio
e distância
São
partes de mim
Sou
como o vento
Vivendo
a meu tempo
Verões
e invernos encontram-me assim
No
tropel das manhãs
Já
de mate lavado
Alço
a perna no basto
E
procuro o meu eu
Recorrendo
invernadas
Não
preciso palavras
Num
assovio a alma proseia com Deus
Se encilho meus potros
Prá sovar as garras
A ânsia dispara
E amadrinha o galope
Assim num silvido
Proseio com o bicho
Voltando “pras casa”
Ao compasso de um trote
Assim
é meu mundo
Sem
ter solidão
Rancho
e galpão
Do
jeito que eu quis
Potrada
prá encilha
É
grande a tropilha
Na
paz do campo que me faz feliz
À
beira de um fogo
Repenso
a vida
Sou
parte da lida
E
assim vou levando
Campo
e eu somos um
Num
silvido comum
A
solidão tem um preço que pago cantando
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