Chuvas de Verão
(João de Almeida Neto)
Quando estas nuvens se esparramam pelo pampa
E em gotas claras se derramam pelo chão
Apagam o pó dos pátios pobres da campanha
E apagam as brasas dessas tardes de verão.
Parece até que cada gota desta chuva
Vem como lágrima do céu para regar
O peito triste dos que choram como as nuvens,
Sem ver a flor do coração desabrochar.
Por isso gosto dessas chuvas veranearas,
Que vêm e chovem e se somem sem alarde
Para levar a outros campos e outras vidas
A paz molhada que espalharam pela tarde.
E como chegam, vão-se as tardes, vão-se as chuvas
e vão-se os dias, vão-se o tempo e a ilusão
e vamos nós, em cada sonho que se apaga,
como se a vida fosse chuva de verão.
Enviada por Liane
E como chegam, vão-se as tardes, vão-se as chuvas
ResponderExcluire vão-se os dias, vão-se o tempo e a ilusão
e vamos nós, em cada sonho que se apaga,
como se a vida fosse chuva de verão.
Vendo a chuva que caiu agora em Júlio de Castilhos me lembrei dessa música
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