A Mim Me Basta
(Lauri
Lopes,Cristiano Vieira)
A
mim me basta a geografia dos bastos
Contraponteando
com os pastos no garrão deste universo
A
mim me basta um violão encordoado,
Num
ponteio debochado, pra um paleteio de versos
A
mim me basta a liberdade do andejo
Nos
caminhos que falquejo, na minha sina de andar
A
mim me basta uma fronteira sem "permiso"
Que
não tenha o compromisso nem obrigação de voltar
Mostremos
valor, constância!
Pois
não existe distância entre a casa e o galpão
Porque
a bombacha e a bota que eu uso
Não
me permite o abuso aqueles de pé no chão
A
mim me basta o meu Rio Grande garroneiro
Nesta
sina de fronteiro de brasileiras proezas
Terçando
ferro e nazarenas cantadeiras
Na
catedral das mangueiras em campeiras sutilezas
A
mim me basta que o ser seja humano
Eis
que muito soberano vira a cara à Pátria chão
Que
o meu Rio Grande tenha cheiro de mangueira
E a
bandeira brasileira vista as cores da nação.
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