(Jader Leal, Mateus Lampert)
Sorvo no silêncio dos meus
mates
Um aroma de campo e de galpão
A estrada se apequena pouco a
pouco
Tenho meu mundo na palma da
mão
Lavo a erva pura folha
castelhana
Requento a água já fria na
cambona
Encilho o mate como quem
encilha um sonho
Ligo o rádio e ouço um toque
de cordeona
Depois dos mates a alma se
“aliviana”
Das distâncias que por sina
são malevas
Depois do mates sou a cambona
vazia
Que derramou suas saudades
sobre a erva
Outro dia já me encontra
mateando
Junto à cuia cevo sonhos de
esperança
Lembro o mate ao pé do fogo
com meu pai
Nas manhãs claras de inverno
na estância
Troco alpargatas por sapato e
calça reta
E saio manso do meu rancho na
cidade
Sigo em frente construindo
meu caminho
Deixo as lembranças
recostadas no meu mate
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