Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Tirando Balda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tirando Balda. Mostrar todas as postagens

Tirando Balda


Tirando Balda
(Mário Nenê, Getulio Silva, Walther Morais)

Fui me vendo aos pandarecos pelo barral da mangueira
Numa fria sexta feira de garoa acinzentada
Meu chapéu vertendo água e as bombachas num charco
E o lombo do potro um arco lindo pra uma gineteada
Se veio querendo briga bufando e dando pataço
Mostrei o pulso e o braço do taura que tem forquilha
Deixei de lado as encilhas e saltei no lombo de em pelo
Saiu deitando o cabelo coas rosetas na virilha

Pra tirar balda de potro não importa o tempo feio
Se é no pelo ou no arreio qualquer jeito se arrocina
Trouxe de berço esta sina quando encilho quebro o cacho
Se o mundo virar pra baixo fico grudado nas crinas

Dava pulo corcoveando me levantando pra o céu
Fui perdendo o meu chapéu e as rosetas campo a fora
Domador não se apavora com caborteiro sotreta
Fui cravando nas paletas o que sobrou das esporas
Quando chegou na restinga parou e ficou estaqueado
O couro todo lanhado mais brabo que mamangava
Saiu costeando as aguada com jeito de traiçoeiro
Voltou juntando os terneiro, reconheceu quem mandava

Pra tirar balda de potro não importa o tempo feio
Se é no pelo ou no arreio qualquer jeito se arrocina
Trouxe de berço esta sina quando encilho quebro o cacho
Se o mundo virar pra baixo fico grudado nas crinas