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MILONGA DE VIDA E TEMPO

Título
MILONGA DE VIDA E TEMPO
Compositores
LETRA
BRUNO DE AQUINO BANACHI
MÚSICA
BRUNO DE AQUINO BANACHI
Intérprete
TARCIO VIEIRA WEIMER
Ritmo
MILONGA
CD/LP
1ª DOMA DA CANÇÃO NATIVA
Festival
1ª DOMA DA CANÇÃO NATIVA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
2º LUGAR
MELHOR TEMA CAMPEIRO

MILONGA DE VIDA E TEMPO
(Bruno de Aquino Banachi)

A nuvem negra que do norte se aproxima
Compondo rimas no chircal e no alambrado
Vem milongueando com o minuano, à trote largo
Reminiscências dessa vida campechana

Vejo a estampa deste guapo peão de estância
Todas as ânsias guardadas por seu viver
Pois seu destino foi marcado pelo tempo
Não lhe restando outro jeito pra escolher

O andar esguio, um jeitão de domador
Seus trastes gastos por muitos dias de lida
Veste puídas, bem marcadas pelo tempo
Arrasta esporas sem dizer um só lamento

Ainda moço foi jogado pela vida
Em meio a lutas de adaga, lança e garrucha
Somente um poncho lhe servia de guarida
Nas contradanças de peleia, morte e fuga

Endurecido como aço, é o seu corpo
Pois foi talhado nas mais bárbaras jornadas
E por estes guascas não cuidar de seus amores
Os seus pelegos são muy frio nas madrugadas

Por ser posteiro e viver nestes fundões
Seu mate é lento e solitário nesses dias
Só o perro baio seu companheiro de andanças
Lhe faz costado no seu rancho em noites frias

No humilde posto será fim dos seus caminhos
Do seu cavalo, bravo cusco e rude guasca
Pra não ser tapera, nem seu rancho, nem sua alma
Terá mais vida nos violões de alguma tasca.