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Mostrando postagens com marcador Rui Biriva. Mostrar todas as postagens
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Ecologia

Ecologia
(Luiz Kurr)

Angicos, Cambuins, Canjeranas e Cedros
Entre outras árvores que formam florestas
Belíssimo quadro pintado por Deus
Das poucas paisagens que ainda nos restam

Os galhos das árvores são adornados
Por ninhos de pássaros e orquídeas em flor
É um doce refúgio de pássaros tantos
Que ensaiam cantigas de paz e de amor

Mas tão de repente a harmonia é quebrada
Se espalha no ar estranha inquietação
Animais e pássaros fogem assustados
Estão vindo inimigos...enfim, quem serão?

São homes que atacam de foices, machados,
Motosserras, tratores, abrindo picadas
Tombando Paus-ferro, Ipês, Guajuviras
Deixando clarões na floresta sangrada

Madeira, madeira...

Os golpes certeiros machucam a vida
O ruído das maquinas cobre o clamor
Não mais se ouve cantos trinados, poesias
Mas tristes lamentos, gemidos de dor

Pra animais e planta não adianta mostrar
Papéis assinados com ordens legais,
É tudo desculpas, é tudo uma farsa
A sorte é vencida por quem pode mais

Agora é a hora e a vez de enxergar
Deixar de agredir e parar pra pensar
Que as mesmas florestas que hora cortamos
Já estamos cortando a pureza do ar


Tchê Loco

Tchê Loco
(Anildo Lamaison de Moraes)

Tchê loco por onde andaste
Peleador como tu não se viu
Ou estava escondido dos homens
Ou cruzou pro outro lado do rio

Um jeito de taura com cara de maula
Olhar desconfiado sombreiro quebrado
Varando fronteira de noite ou de dia
Não entra em fria tem muito cuidado

Chibando farinha e azeite de oliva
Amando muchachas sem ter qualquer plata
Vai levando a vida de um jeito engraçado
Se dança um tango sempre é figurado

Por qualquer da cá um palha, se forma o entrevero
Briga de tapa primeiro pra depois terciar o ferro
Às vezes se escapa bonito, noutras se vê acuado
Mas fica todo ouriçado quando alguém lhe dá um berro

Deixada Só

Deixada Só
(Tadeu Martins, Elton Saldanha, Carlos da Silva)

Situada aos olhos doces de quem cruza
Perdida no enô de campo triste e linda
Entre o capão e o varzedo que raleia
Sempre ventando o arvoredo que verdeia

Tapera, sozinha
Tapera, sozinha

Uivos de vida nos mourões cravados
Com paradouros mansos que a ventania vem socorrer
Cada rajado santa fé esmiúça e a timbaúva escaramuça
Soluça, soluça, entardecer

Deixada só
Deixada, nos beirões do pampa
Adentrando a cerca nos bambugais

Tapera nova
Arvoredo velho
No lar da gente
Não mora mais

Castelhana

Castelhana
(Rui Biriva, Elton Salddanha)

Eu hoje me vou pra fronteira
Pois queira ou não queira,
Vou ver meu amor
Esperei toda a semana
Prá ver a Castelhana,
Minha linda flor
Tá frio na minha cidade
A bem da verdade, está frio demais.

Ao sul do meu coração
Quero tempo bom
Só voce me traz.

Larga tudo e vem comigo
Vamos encarar o perigo
Larga tudo e vem comigo
Vamos encarar o perigo.

Castelhana se voce me ama, me ama, me ama
Me diz
Castelhana se voce me ama, me ama, me ama
A gente pode ser feliz.

Eu hoje me vou prá fronteira
Pois queira ou não queira
Vou ver meu amor
Esperei toda a semana
Prá ver a Castelhana
Minha linda flor
Tá frio na minha cidade
A bem da verdade, está frio demais.

Ao sul do meu coração
Quero tempo bom
Só voce me traz
Ao sul do meu coração
Quero tempo bom
Só voce me traz.

Larga tudo e vem comigo
Vamos encarar o perigo
Larga tudo e vem comigo
Vamos encarar o perigo.

Castelhana se voce me ama, me ama, me ama
Me diz
Castelhana se voce me ama, me ama, me ama
A gente pode ser feliz.

A gente pode ser feliz
A gente pode ser feliz
A gente pode ser feliz.