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Romance A Um Par De Rédeas

Romance A Um Par De Rédeas
(Mateus Neves da Fontoura, Juliano Moreno)

Na trança daquela rédea
Pendurada no galpão
Há lembranças avoengas
E a vida firmando a mão

Pra voltar no próprio rastro
A escramuçar soledades
Tal se enfrenasse saudades
Na boca do coração

Na trança daquela rédea
Apeio um dia de infância
Na primeira campereada
Ao repontar vacas mansas

E por afoito que eu era
Pouca perna e muito estribo
Escutei de um velho amigo
Vai na tua mão a confiança

Pendurada no galpão
Distante do esquecimento
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos

Com ela muito orelhano
Se transformou em cavalo
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento

Na trança daquela rédea
Recuerdos pra vida inteira
E uma saudade insistente
Que não será passageira

Que levo dentro da alma
Por onde quer que eu vá
Pois nunca irei de me olvidar
Dessa lembrança campeira

Na trança daquela rédea
Que um velho amigo deixou
Esta confiança garrada
Que nunca mais se quebrou

Naquela rédea trançada
O tempo se palanqueou
E em cada tento tramado
Lembro de ti meu avô

Pendurada no galpão
Distante do esquecimento
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos

Com ela muito orelhano
Se transformou em cavalo
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento