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Ritual De Fronteira

Ritual De Fronteira
(Rogério Ávila, Márcio Rosado)

E há quem diga
Que a lida do campo năo é mais a mesma,
Que os tiros de laço somente restaram
Pra historia do pampa
E não são mais a estampa da vida rural

Que os homens terrunhos de vozes serenas
Não são mais torenas no trono dos bastos
Que a base de cascos não se faz mais nada
E que a terra plantada não vale um real

Por certo não sabe que lá na fronteira
A fibra campeira é o retrato do pago
Que gosto do amargo é o mesmo de outrora
E que a pua da espora ainda amansa bagual

Que tiros de laço se acha por farra
Sobre lombo, cucharra, ou do jeito que queira
Manhãs fogoneiras de pingo encilhado
Com o cacho quebrado no velho ritual

Que os homens terrunhos de vozes serenas
Ainda são os torenas no sul do país
E se vivem no campo e charlam com calma
É por terem na alma este mundo feliz

Mas há quem diga
Que a lida no campo não é mais a mesma
Que os homens terrunhos de vozes serenas
Não são mais torenas e que a terra plantada
Não vale um real

Por certo não sabe que lá na fronteira
A fibra campeira é o retrato do pago
Que gosto do amargo é o mesmo de outrora
E que a pua da espora ainda amansa bagual

Que tiros de laço se acha por farra
Sobre lombo, cucharra, ou do jeito que queira
Manhãs fogoneiras de pingo encilhado
Com o cacho quebrado no velho ritual