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Reflexão

Reflexão
(Júlio Machado da Silva Filho, Colmar P. Duarte)

Para fugir a tristeza
Por buscar esquecimento,
Desejei ser como o vento
Que vai passando sozinho,
Sem repisar um caminho
Sem conhecer paradeiro
Quis ser nuvem ao pampeiro
Ser a estrela que fulgiu,
Quis ser as águas do rio
Fazendo inveja às areias
Em seu eterno viajar!

Um dia cansei de andar
E desejei novamente
Em vez de rio ser barranca,
Em vez de vento, moirão,
Em vez de nuvem, semente,
Em vez de estrela, ser chão!
Recém então aprendi
Que muita gente maldiz
Sua sorte - insatisfeita
Por não saber que é feliz

E nunca mais invejei
O destino das estrelas,
Que só enfeitam a noite
Porque o sol não pode vê-las;
As nuvens que submissas,
Vão onde o vento as levar
E o vento que passa triste
Porque não pode voltar!