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Quatro Esteios da Milonga


Quatro Esteios da Milonga
(Leonardo Quadros)

Campo e guitarra, alma e garganta
São quatro esteios, da milonga que hoje canto
Ao pé do fogo, que aquenta água pro mate
Neste arremate, de quem tem alma de campo

Toco o meu verso, pro potreiro da milonga
Que ta cercado do alambrado da guirtarra
Ponho cucharra nas palavras dessa rima
Monto pra cima do lombo, ferra e se agarra

Quem tem alma de milonga
Madruga cedo pra lida
E esporeia
Se o verso renega as garras
Traz nas esporas
Sangue e pêlo de aporreado
Embodocado
Nos acordes da guitarra

Estes esteios, que sustentam a milonga
Vertem das veias, cordas vivas da guitarra
O campo é a alma e a guitarra é o coração
E a vida é um verso, quando a milonga desgarra