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Proseando Com Meu Cavalo

Proseando Com Meu Cavalo
(Pedro Neves, Dionísio Costa)

Vem cá meu pingo, ‘bamo tê’ uma prósa boa
Tu anda à tôa, me tratando aos 'manotáço'
Não facilita, nem exija muito mimo
Porque eu te estimo e não quero te ‘passá’ o laço
Bicho rebelde, não me assusta nem um pouco
Matungo ‘lôco’, tu pode ‘virá’ as ‘cangáia’
Qualquer pulinho, não vai me tirar do sério
Que eu sou gaudério e vou campear rabo de saia

Não esperava que fosse me dar trabalho
Pois tô grisalho e tu também não é mais pôtro
Andamos juntos dividindo o mesmo arreio
E é muito feio um amigo ‘derrubá’ o outro

Se tu bem sabe que eu sou teu melhor amigo
Conto contigo pra me levar pra os namôros
Que coisa feia tu bancar o caborteiro
Meu companheiro me fazendo desafôro
Por isso amigo escuta bem o que te falo
Tu é cavalo e me ajudar é tua sína
Se na verdade somos parceiros de estrada
Não custa nada, tu ‘engarupá’ alguma china

Tu me desculpe te 'passá' este baita píto
Mas acredito que meu cavalo me entende
Me obedecendo tu vai correr perigo
Que um bom amigo não se empresta e nem se vende
O nosso trato vale mais do que um contrato
Não te maltrato e tu não me deixa de à pé
De tardezinha te levo pra 'vê' uma eguáda
De madrugada me leva pra 'vê' as 'muié'