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Lembranças


Lembranças
(Telmo de Lima Freitas)

Quando as almas perdidas se encontram
Machucadas pelo desprazer
Um aceno um riso apenas
Da vontade da gente viver

São os velhos mistérios da vida
Rebenquiados pelo dia-a-dia

Já cansados de tanta tristeza
Vão em busca de nova alegria

E ao morrer nesta tarde morena
Quando o sol despacito se vai
As lembranças tranqueiras com as águas
Passageiras do rio Uruguai

E as guitarras eternas cigarras
Entre as flores dos velhos ipês

Sempre vivas dormidas se acordam
Na lembrança da primeira vez

Coração do Rio Grande

Coração do Rio Grande
(Osvaldo Medeiros)
                      
No coração do Rio Grande
Um dia eu fui morar
Lá encontrei muito amor
Lá aprendi a amar

Naqueles pagos chegados
Qual aconchego de um lar
Domei a força gaudéria
E me apeguei ao lugar
Domei a força gaudéria
E me apeguei ao lugar.

Nas entranhas do Rio Grande
A cultura, a tradição
Os valores se entrelaçam
Em confraternização

Lá eu vi a gauchinha
Vi também o velho peão
A cantar a prenda minha
A cantar a prenda minha
Com sua canha e o chimarrão.

No coração do Rio Grande
Um dia eu fui morar
Lá encontrei muito amor
Lá aprendi a amar

Naqueles pagos chegados
Qual aconchego de um lar
Domei a força gaudéria
E me apeguei ao lugar
Domei a força gaudéria
E me apeguei ao lugar.

Na convivência crioula
O Rio Grande me mostrou
Toda a beleza da vida
O seu sentido e o que sou

Vi o guasca e a chinoca
O Minuano e o Pampeiro
Vi bandos de quero-quero
O chicote e o cavalo
Do negro do pastoreio.

No coração do Rio Grande
Um dia eu fui morar
Lá encontrei muito amor
Lá aprendi a amar

Osvaldo Medeiros E Grupo Vocal Nativista - Coracao Do Rio Grande by Guascaletras

Chamamento


Chamamento
(Nelson Xavier, José Carlos da Silva Santos)

Sou petiço da esperança na carreira da verdade
Sou a fé do homem do campo que se foi lá pra cidade
Sou velhas recordações de um taura assanhado
Chamado pé de valsa riscando nesse bailado

Sou estória do faz de conta, que fala da realidade
Sou a boca do minuano soprando muita saudade
Sou fogo de chão pro gaiteiro que se agarra sempre ao passado
Lembrando de muitos bailes, batendo nesse ponteado

Sou grito do quero-quero, no chamamento campeiro
Pra manter o atavismo, deste garrão brasileiro
Sou grito do peão, reponte se perdendo pela estrada
Sou pedido de um retorno sou eco de uma chamada