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Por Que Choram As Nazarenas

Por Que Choram As Nazarenas
(Zé Renato Borges Daudt, Mateus Neves Da Fontoura, Marcelo Oliveira)

Conheço a balda do potro, feito as cismas que carrego
Num par de estrelas de ferro, nos papagaios da espora,
Pois compreendi campo à fora por que choram as nazarenas
- Refletem todas as penas duma condena de outrora!

Neste par de estrelas bugras há um calvário de espinho
Onde as rosetas são ninhos pros lamentos de um domero
Que sabe a dor de um parceiro que teve o couro riscado
No repechar compassado dos rituais garroneiros.

Nazarena campo à fora, chora porque é preciso,
Uma ausência de sorriso, um pranto na voz do vento...
Que a mágoa do teu lamento pro domero é uma sentença:
De Cristo vem sua crença, da doma vem seu sustento

Não há quem corte um cavalo que não se sinta cortado
Que esqueça a cruz do pecado no silêncio da oração
De joelho frente ao galpão, altar sagrado do campo,
Ao desatar tento e grampo feito quem pede perdão.

Não foi à toa o batismo, chamarem de nazarena,
Ao que impõe a condena a um livre por seu caminho
Pois são coroas de espinho, rosetas, pontas de grampo,
E lembram espinhos santos que Cristo agüentou sozinho.


Intérprete: Marcelo Oliveira