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Ponche Verde


Ponche Verde
(Xirú Antunes, Fábio Peralta)

Verde estendido de poncho,
“Empastiçado” em planuras,
Presságios de vento e lua,
De sóis , escuros e chuvas.

Riqueza que vem da terra,
Clorofilada de pastos,
Teu olhar de quietudes,
Acolhe “paradouros” de gado.

Criaste homens gaúchos,
Na aragem branda do tempo,
Voz bilíngüe de repontes
Em cada marco fronteiro.

Prosa rosilho prateada,
Nas manhãs das campereadas,
Recorrendo a flor da lida,
No coração da invernada.

Povoamento estancieiro,
De cada dia campeiro,
Laço voando nos ares,
Pescando a força dos touros.

Por aqui índios Pampeanos,
Testemunharam os estouros,
Das pedras das boleadeiras,
No encontro de terra e couro.

E depois os contrabandos,
Abriram o céu das picadas,
Tangendo mesclas de raças,
Pra formação das estradas.

E vieram outras raças,
Dos feitos contrabandeados,
Fortes, tal qual, minuanos,
E cernes de “moironadas”.

Verde estendido de poncho,
Do avô que foi farroupilha,
Do Pampeano bisavô,
Do moço contrabantista.

Da morena, pele índia,
Com os lábios “pitangueados”
Lonjura de paz fronteira,
Que abençoou os dois lados.