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QUARENTA E DOIS

  

TÍTULO

QUARENTA E DOIS

COMPOSITORES

LETRA

EVAIR SUAREZ GOMEZ

MÚSICA

JULIANO GOMES

INTÉRPRETE

PIRISCA GRECCO

RITMO

CHAMARRITA

CD/LP

33º REPONTE DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

33º REPONTE DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

BAIXO: JULIANO GOMES
VIOLÕES: QUINTO OLIVEIRA
LUCIANO FAGUNDES

PREMIAÇÃO

MELHOR INTÉRPRETE: PIRISCA GRECCO

2º LUGAR

 

QUARENTA E DOIS

(Evair Suarez Gomez, Juliano Gomez)

 

Puseram na cruz a escrita:

Firmino Castro Badualdo

E num tranco manso, calmo

Dispersou-se a gauchada

Uma roda choramingava

Deixando rastros pra vila

Onde fogões em fumaça

Queimavam seus paus de astilha.

 

Um a um se foram, indo

Cada qual buscando o rumo

E eu, nos arreios me aprumo

E armo um pito colomi

A estância é logo ali

Em seguidita no más

Chego e explico ao capataz

Mansito, porque que vim.

 

Volto a galope ao passado

Por um instante e mais nada

Ouço um assobio matreiro

No meio da matungada

Vi três zainas coloradas

Uns gateados e um oveiro

Que ele acostumou com os “cuero”

Num quadro curto das casa.

 

Enrolo a trança da rédea

Sobre o fi o do alambrado

Descanso a bota embarrada

No liso arame de baixo

E vou prendendo um vistaço

Debruçado sobre a cerca

Até que a vista se perca

E retorne pro meu costado.

 

Seguem os fogões da vila

Soltando fumaça branca

E o relógio não se cansa

De ir empurrando as horas

A primavera ainda afl ora

E o oveiro pasta tempo

Mas sempre castiga o vento

Uma cancela que chora...

 

Depois que puseram a escrita:

Firmino Castro Basualdo

Fui e comprei o cavalo

Que há de morrer no potreiro

Lembro bem do pingo oveiro

Quando troteava se espiando

Se eu tenho quarenta e dois

Floxito tem trinta anos!




QUASE AMOR

  

TÍTULO

QUASE AMOR

COMPOSITORES

LETRA

CESAR GOMES

MÚSICA

GUILHERME CASTILHOS

INTÉRPRETE

PIRISCA GRECCO

RITMO

VALSA

CD/LP

29ª TERTÚLIA MUSICAL NATIVISTA

FESTIVAL

29ª TERTÚLIA MUSICAL NATIVISTA

MÚSICOS

CESAR GOMES – VIOLÃO

GUILHERME CASTILHOS - VIOLÃO

RENATO POPÓ – BATERIA

TEXO CABRAL – FLAUTA TRANSVERSAL

MARCELLO CAMINHA FILHO – BAIXO

PAULINHO GOULART - ACORDEON

PREMIAÇÃO

MELHOR MELODIA

MELHOR INTÉRPRETE (PIRISCA GRECCO)


QUASE AMOR
(Cesar Gomes, Guilherme Castilhos)

Meu jeito de te querer tem um tanto de verdade
Dói um pouco de preguiça, vem de manso, chega tarde…

Meu jeito de te querer não chega a ser melodia
Mas vai lá, se o verso cansa, onde não chega a poesia…

Meu querer não tem segredos, nem histórias pra contar
Fico até admirado… como é bom te imaginar

É quase amor, o que sinto, e vives tão desatenta
Mas teu olhar alumia: pra que a vida aconteça

Já passou o dia inteiro, e o inverno também foi
Teimei o quanto podia, demorei mais que o “depois”

Aceitei a fantasia, te vivi como não és
Só pela minha alegria por te querer mulher



RECUERDOS DE UM BEM QUERER

Título
RECUERDOS DE UM BEM QUERER
Compositores
LETRA
ÉRLON PÉRICLES
MÚSICA
ÉRLON PÉRICLES
Intérprete
PIRISCA GRECCO
Ritmo

CD/LP
1º CANTO NATIVO
Festival
1º CANTO NATIVO
Declamador

Amadrinhador

Premiações


RECUERDOS DE UM BEM QUERER
(Érlon Péricles)

Voltei no tempo recordando que fui rei
Fui coroado dono do seu coração
Abençoado, apaixonado, até pensei
Que não teria mais a dor da solidão

Mas que bobagem, tudo passa, hoje eu sei
Teu bem querer foi um cristal que se quebrou
O teu amor foi uma chama que apaguei
A cada lágrima que o sonho derramou

Conto de fada, encantamento, fantasia
Uma alegria muito intensa que se foi
Nuvem cinzenta que chegou nublando o dia
Uma ferida que agora já não dói

Meu coração fechou-se assim a sete chaves
Minha emoção foi procurar outros caminhos
Eu descobri o quanto é triste uma saudade
Da flor do amor só me sobraram seus espinhos

Hoje o coração recorda
Mas não sente falta de quem não lhe quis
Anda por aí a toa
Para quem perdoa a vida é mais feliz.


ROMANCE DE FRONTEIRA

Título
ROMANCE DE FRONTEIRA
Compositores
LETRA
CARLOS OMAR VILLELA GOMES
MÚSICA
RICARDO MARTINS
PIRISCA GRECCO
Intérprete
PIRISCA GRECCO
Ritmo
CHAMAMÉ
CD/LP
19º MUSICANTO
Festival
19º MUSICANTO
Declamador

Amadrinhador

Premiações


ROMANCE DE FRONTEIRA
(Carlos Omar Villela Gomes, Ricardo Martins, Pirisca Grecco)

Tô desconfiado que este sol é correntino
Cruzou o rio num tranquito bem marcado
Foi se achegando despacito na ribeira
E quando vi, tava dormindo do outro lado

Fiquei mirando a fundura do seu sono
Até dormindo, resmungava o pobre Sol
Dizia coisas de um amor quase perdido
E percebi que murmurava em portuñol

Mire el lume destes sueños, mire el don de mis palabras
Las ventanas de mis ojos son somente tus escravas
Mira flor madrugadeira, mis auroras que son tuas
Ergue um brinde a las estrellas, mi pasión, amada Luna

Talvez o Sol amasse a lua pelo rio
E a lua moça, da fronteira foi embora
O Sol ribeiro de "allá" revira o mundo
E busca a Lua, vida adentro, céu afora

Mas esta sina que separa Sol e Lua
Talvez um dia se confunda no Arrebol
E a Lua moça com um beijo iluminado

Espante a mágoa de quem "habla" em portuñol.

A FOIA DA FACA

Título
A FOIA DA FACA
Compositores
Evair Gomez, Juliano Gomes
Intérpretes
Pirisca Grecco
Ritmo

Festival
15ª Vigília do Canto Gaúcho
Declamador

Amadrinhador


A FOIA DA FACA
(Evair Gomez, Juliano Gomes)

A 'foia' da faca que sova a palha
Do pito que armo em riba do mouro
É a que risca o couro dum consumo pendurado
Num mato de estrada, folgando uma tropa

Que vai e que volta
Chorando na chaira
Pra sacar um tento e costurar perfeito
Um bocó curandeiro 'duns' cano de bota

É a mesma que bolca e lonqueia ligeiro
Um novilho estendido, la pucha Te digo:
É um assado com 'cuero'
É um assado com 'cuero'

A 'foia' da faca que sovou a palha pro vicio do pito,
Me leva ao tranquito por este meu mundo
Pois a tira de couro que o mouro ainda masca
Tirei na 'foia' faca pra sovar alguns reiúno.



Rio Negro, Boi Preto E A Degola

Rio Negro Boi Preto E A Degola
(Caine Teixeira Garcia, Zulmar Benitez)

Mangueira de pedra
Massacre latente
Rio Negro em sangue
“irmãos” já rendidos
Facas se “servindo”
Degola inclemente
Facas se “servindo”
Em “irmãos” já rendidos
Horror no semblante

Quanto vale a vida
De um homem de bem?
Perguntaram a La Torre
Faca no pescoço
Sorriso no rosto
É sangue que escorre
Faca no pescoço
Sorriso no rosto
É sangue que escorre
É mais um que morre...
É mais um que morre!

Que tempo brabo              
Viveu o Rio Grande
De se lamentá
De vida ceifada
E morte debochada
Por todo lugar
Irmão contra irmão
Perdendo a razão              
Com ódio no olhar
Esquecendo ideais
Degolando “no más”
Num prazer de matar
Num prazer de matar
Num prazer de matar!

- E a vingança veio
Lá pelas Palmeiras –
Na mesma moeda
Degola sem trégua
Massacre em “Boi Preto”
Sangrando a terra
Massacre em “Boi Preto”
Degola sem trégua
O ódio é uma fera...
O ódio é uma fera!

Coronel Firmino
Ordenando a matança
Degola em marcha
Na faca o destino
Cabeças sem corpo
Bombeando pro nada
Cabeças sem corpo
De heróis e assassinos
Que no campo ficaram...

Que tempo brabo
Viveu o Rio Grande
De se lamentar
De vida ceifada
E morte debochada
Por todo lugar
Irmão contra irmão
Perdendo a razão
Com ódio no olhar
Esquecendo ideais
Degolando “no más”
Num prazer de matar!
Num prazer de matar!



Intérprete: Pirisca Grecco, Leonardo Paim




* Esta letra foi baseada em fatos históricos do RS, procurando abordar um pouco o “assunto” degola em nosso Estado, focando, em especial, o “Massacre do Rio Negro” e a “Mortandade em Boi Preto”, conforme consta em livros de nossa vasta bibliografia, tais como “História Ilustrada do Rio Grande do Sul, RBS Publicações, 2004”; “No Tempo das Degolas, Elói Chaves Flores, ML 1986”; “Maragatos e Pica-Paus. Guerra Civil e Degola no RS, Carlos Reverbel, POA, L&PM, 1985”, entre outros, além de depoimentos de historiadores.

Estamos publicando o áudio original do autor, gentilmente cedido pelo mesmo. Ainda não localizamos os áudios das interpretações nos festivais, bem como precisamos confirmar os intérpretes nos dois festivais em que foi defendida a marca. Quem puder ajudar de alguma forma, ficamos muito gratos.

Cordeona


Cordeona
(Rafael Machado, Juliano Gomes)

Sonoridade pampeana
Das noites de pulperia,
Melodiosa liturgia
Das orações campechanas.

Quantas ânsias redomonas
Ocultas - fiel companheira
Em teu corpo de madeira,
Em tua alma – cordeona?

Foste a escola primeira
Dos meus tempos de guri,
E contigo é que aprendi
Falar de outra maneira.

Por isso quando a garganta
Teima guardar seus segredos
És tu - ao toque dos dedos -
Minha cordeona quem canta!

Guarda em tua ressonância
No olhar gêmeo das hileras,
O vai e vem das basteiras
Pelos confins das estâncias.

E o extrato galponeiro
De uma infância à moda antiga
De quem por ti – velha amiga -
Um dia se fez: gaiteiro!

Quando contigo nos braços
Cordeona, minha parceira:
Sinto que a tua maneira
Compreendes tudo que faço;
E no calor deste abraço
(Misto de encanto e ternura)
Percebo que és a cura,
Pra todos os meus cansaços

Embretados

Embretados
(Davi Teixeira, Igor Silveira)

'Cumpadre' me dá noticia
Das "côsa" da capital
Aqui pro 'hôme do campo'
A peleia é desigual
Não chega a 'mosca' 'tristeza'
Tem "toalete" e "funrural"
E agora tão me cinchando
Co'a tal 'reserva legal'

"Apepês" e "pepepês"
"Preservação do ambiente"
Conversa de boitatá
Só vão embretando a gente
Este restinho de pampa
Que "traigo" tão bem cuidado
Querem virar tudo em grota
O que era bóia pro gado

'Cumpadre' na zona urbana
Não tá muito diferente
Tem gente pior que o gado
Com a boia escassa na frente
As rua tão 'entupida'
Nem se atende pelo nome
Cada um já tem um brinco
No brete do 'mata-fome'

Diz que a 'Dê' pulo pra 'Cê'
"Com mais pataca no bolso"
Conversa de boitatá
No fim tudo vira imposto
A carne que tu produz
Me chega sobretaxada
Tô descascando "as agulha"
Pra "comê uma desossada"

Mete o cavalo cumpadre
Não bamo chora as pitanga
Quem nasceu pra paleteá
Não vai vira boi de canga

Mete o cavalo cumpadre
Vamo dá uma encostadinha
Divulgá pra sociedade
Que o boi não brota das "arve"
E que o leite não da em caixinha

'Cumpadre' aqui na campanha
Coma lotação não se brinca
Se apérto as vaca dão 'faia'
Se afrouxo me pega o INCRA
Tenho visto que a 'pastura'
A cada ano se apóca
E eu que nem rato em guampa
Não acho a porta da toca

Antes diziam que o Dólar
Encarecia os 'insumo'
Pois vem que é 'cola de égua'
E não me sobre nem pro fumo
'Temo embretado cumpadre'
Na campanha e na cidade
Se tapo a volta da "oreia"
Me gela 'as extremidade'

Mete o cavalo cumpadre
Não bamo chora as pitanga
Quem nasceu pra paleteá
Não vai vira boi de canga

Mete o cavalo cumpadre
Vamo dá uma encostadinha
Divulgá pra sociedade
Que o boi não brota das "arve"
E que o leite não da em caixinha


Os Três Estados Da Milonga

Os Três Estados Da Milonga
(João Stimamillo, Miguel Tejera)

É pedra, é preciosa!
Solidez da criação.
É terra, tão caprichosa,
Onde se afirma a plantação!
Milonga é dura de se vergar,
Mas amolece no coração.
É fio de faca, argola de laço
No aço do estribo, firmeza pra nós!
É bala que mata, é lata e cambona!
Bombilla pro mate, e um cantar de chorona!

Milonga é pedra! Milonga!
Milonga é água! Milonga é ar!
Milonga é pedra! Milonga!
É Terra-mãe! É rio! Milonga é ar!

É fonte de água pura,
Regalo pra se beber!
É chuva nessas lonjuras
E o tempo de renascer!
Milonga que molha os tentos
Faz corda nova pro trançador!
Murmúrio de sanga, tirada de freio,
Campo encharcado e olho-de-boi
É boa vertente, despeja no lombo,
Na calma do rio a enchente se foi!

É ar que se respira!
Espalha vida na imensidão!
“Nos traz” bênção divina
Bem lá de cima até o chão!
Milonga leve que faz voar
Cabelos dela, minha paixão!
É nevoa serena, perfume de flor,
Vapor do calor de muitos verões!
É cheiro de pasto depois do aguaceiro,
Aquele palheiro, e o fogo de chão! 

A Hora do Sétimo Anjo


A Hora do Sétimo Anjo
(Carlos Omar Villela Gomes, Sabani Felipe de Souza)

A pena, antes tão firme, quedou-se na folha branca...
A mão que lhe sustentava estava agora tão fria;
Final de vida com jeito de romance inacabado,
Um solo de clarineta tomando a noite vazia.

Se calam tantos fantoches quando o vento é rebeldia,
O tempo, mostrando as garras, vem ceifar outra existência;
A alma do escritor verte amor, se faz poesia...
E a cruz que lhe acompanha é a cruz da sua querência.

Uma música ao longe ecoou na imensidão...
Talvez seja essa passagem mais um livro a começar;
A vida pode ser poeira a escorrer por entre as mãos
Mas a alma nessa hora é raiz de cambará!!

O rumo da liberdade não tem caminhos cruzados,
Os lírios não se desbotam quando a terra é o sentimento,
Mais um contador de história seguindo pra eternidade,
Deixando suas pegadas pelo tempo e pelo vento.

Então em vez da trombeta, tocou o sétimo anjo
Um solo de clarineta, no seu tom de despedida;
A voz de Deus, sussurrando, aos poucos foi lhe mostrando
Que os sonhos que plantamos são maiores que esta vida.

Potra Milonga


Potra Milonga
(Ricardo Martins)

Esta milonga compadre que canto agora,
Trago abaixo de espora e é bem assim no más,
Milonga potra toda metida por fiada
Sabe se eu topo a parada nunca dou volta pra trás;

Seja no basto, no pêlo ou na garupa
Milonga eu vou na garupa me desculpa o desaforo,
Prefere o couro? Por mim tu fica a vontade
Qualque das "modalidade" deixa que venha ao estouro;

Milonga "lôca"não facilita
Vê se acredita no meu talento
Eu te arrebento como tu "quera"
Sou da "frontera" não froxo nem um tento.

Milonga maula vê se te ajeita
Tu me respeita "óia" o meu mango!
Porque o fandango é de minha autoria
E já te faço da cria de um potro chamado "tango".

Milonga potra, ha potra milonga,
A vida pode ser longa mas tem começo e fim;
Já que é assim que prefere teu caminho,
Pois a dor do teu espinho pouco importa pra mim.

Na Alma E Na Voz


Na Alma E Na Voz
(Carlos Omar Villela Gomes, Pirisca Grecco)

Existem paixões afogadas nas sombras da vida
Existe uma lua perdida na escuridão
Existem luzeiros tristonhos de estrelas caídas
Existem crianças feridas de armas na mão

São tantas razões engasgadas por causa da força
Eu vi multidões retirantes à margem do bem
Eu vi a esperança escondida nos olhos da moça
E mísseis pintando nos ares um céu de ninguém

Existe uma taipa gigante no açude do mundo
De onde dois olhos procuram o mesmo que nós
Aquilo que Deus idealiza nas bênçãos e preces
É o sonho que todos semeamos na alma e na voz

Um sonho contempla partido o sangue das guerras
Os povos chorando um pranto de ácido e sal
Um sonho bonito revoa beijando as estrelas
Buscando no céu da amizade seu mundo ideal

Se as armas e os homens calassem seus gritos de morte
E ao som de um violão adoçassem os seus temporais
O sonho parceiro seria bem mais do que um sonho
Seria um beijo do mundo na boca da paz.

Água no Fogão


Água no Fogão
(Carlos Omar Villella Gomes, Túlio Urach, Érlon Péricles)

Toda manhã eu me levanto cedo,
Vou lavando a cara, água no fogão
Boto o rádio numa FM
Dessas que se perdem por um milongão
Lá vem o Jayme declamando uns versos
Se eu tava disperso, já não to mais não

Um Guarany vem me contar segredos
E eu percebo as coisas que tenho na mão
Eu sinto em mim uma Felicidade
Que só Lupicínio pôde descrever
Veio do campo, ganhou a cidade
E eu sei que me invade meio sem querer

Quero domingo uma guerra santa
Pra incendiar o "Porto", que vai ter GRENAL
Enquanto isso nos fundões do estado
A plateia vibra "n’algum" festival

Rica essa terra que vem qual enchente
Carregando a gente pra tanto lugar
Olha dois "loco" tangueando tragédias
Nos mostrando a Sbórnia que hay no seu cantar
Coisa mais linda ter um Silva Rillo
Pra rodar seu canto por todo Brasil
Fazendo rima com essa força "loca"
Que verte da boca dos irmãos Ramil

Vi como o mundo fica diferente
Quando a alma sente o cantar da Elis
Vi como o Oscar quase achou seu trilho
Rumando pra serra do sul do País

Água ferveu, vou esquentar de novo
Mas vi que este povo tem amor ao chão
E eu sigo ao tranco dessa FM
Que quase se espreme n’outro milongão!

Toda manhã eu me levanto cedo
Toda manhã eu vou lavando a cara
Toda manhã, Água no Fogão!!!