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PELOS OLHOS DO MEU NETO

Título
PELOS OLHOS DO MEU NETO
Compositores
LETRA
ALEX PALMA
MÚSICA
PENNA FLORES
PEDRO FLORES
Intérprete
CESAR LINDEMEYER (IN MEMORIAN)
NENITO SARTURI
Ritmo
MILONGA
CD/LP
7ª GRUTA EM CANTO
Festival
7ª GRUTA EM CANTO
Declamador

Amadrinhador

Premiações


PELOS OLHOS DO MEU NETO
(Alex Palma, Penna Flores, Pedro Flores)

Hoje enxergo nas retinas da inocência,
Um novo sol a iluminar passos cansados.
Pois a vida me legou mais uma página,
Para escrever a minha história do teu lado.

Nas tantas lidas que enfrentei nos meus caminhos,
Nas tantas preces pra poder falar com Deus.
Eu jamais vou esquecer de cada lágrima,
Que eu chorei para melhor cuidar dos meus.

Hoje uma força bem maior me faz viver,
A minha casa se inundou de amor e afeto.
No seu abraço sinto a mão do criador,
E encontro vida pelos olhos do meu neto.

Para entender melhor o tempo que hoje tenho,
Guardo no colo o calor desta criança.
Pois quando afaga meus cabelos já tordilhos,
As suas mãos são duas fontes de esperança.

Nos meus silêncios matinais cevando o mate,
Vou replantando em cada olhar esta paixão.
Neste meu rancho já não entram temporais,
Pois o meu neto renovou meu coração.

  



Cada Milonga É Um Caminho

Cada Milonga É Um Caminho
(Marcelo D’Avila, Penna Flores)

Cada milonga que eu faço
Tem um pedaço de campo:
Uma nesga de querência
Na essência do que canto.

Cada milonga que eu canto
Tem um tanto do meu pago:
A imensidão dos açudes
Nas inquietudes que trago.

Cada milonga que eu trago
Tem rastro antigo de tropa
E ecos de algum rodeio
Com bordoneios de coplas.

Cada milonga é uma copla
Que o vento sopra baixinho
Deixando acordes e versos
Dispersos pelos caminhos.

Cada milonga é um caminho
Que o pinho parte em pedaços
E reparte em tantas rondas
Cada milonga que eu faço.

Pra Quem Morre De A Cavalo

Pra Quem Morre De A Cavalo
(Marcelo D´Ávila, Penna Flores)

Quando a morte arma seu laço
Num tiro justo nos tocos
Morrer em cima dum pingo
É honra dada pra poucos.

Fazer campa do lombilho
De uma encilha lindaça
E uma coroa trançada
Com os tentos do doze braças.

Quem, por campeiro e ginete,
Morre agarrado ao sovéu
Num buenas-noites pra terra
Sobe a cavalo pro céu.

A altivez do último gesto
Na mão que segura o freio;
Quem morre sobre um cavalo
Vai pro céu parar rodeio.

E quando pingo e ginete
Se irmanam na mesma morte
É que a tava do destino
Caiu clavada na sorte.

Uma ossamenta velada
Pela luz dos pirilampos:
Cavalo e homem plantados
No ventre fértil dos campos.