Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Os Serranos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Os Serranos. Mostrar todas as postagens

BUGIO ANDARENGO

Título
BUGIO ANDARENGO
Compositores
LETRA
JOÃO PANTALEÃO GONÇÃLVES LEITE
MÚSICA
EDSON DUTRA
Intérprete
OS SERRANOS
Ritmo
BUGIO
CD/LP
2º RONCO DO BUGIO
Festival
2º RONCO DO BUGIO
Declamador

Amadrinhador

Premiações
MELHOR CONJUNTO INSTRUMENTAL – OS SERRANOS

BUGIO ANDARENGO
(João Pantaleão Gonçalves Leite, Edson Dutra)

Se chegou no meu pago um bugio
Como o vento que sopra o Rio Grande
Se aninhou nos pelegos do rancho
Sem patrão ou alguém que o mande

Trouxe o lombo lambento de frio
Malandragem onde quer que ele ande
E as munhecas de índio vadio
Trapaceiro de marca bem grande

O bugio é bicho andarengo
Sanchorengo, maroto e bem taita
Pega tudo o que há pelo pago
E se esconde no fole da gaita

O bugio quando quer um cigarro
Leva a mão no lugar que não pode
Rouba a palha e o fumo macaio
E mistura com barba de bode

Quem não fuma se espanta com o cheiro
Se embucha, se abana e sacode
Da fumaça que sai do palheiro
Que o bugio amarrou no bigode

Quando chega na roda de mate
Se adona da cuia e chaleira
Conta causos dos tempos de antanho
E façanhas da lida campeira

Quando moço pegou touro à unha
Caçador tinha mira certeira
Foi milico de Flores da Cunha
Guarda-costas de Pinto Bandeira

É carancho que chega mansinho
Em festança ou banquete de luxo
Dá de mão no churrasco mais gordo
Sem licença já manda pro bucho

Troca a orelha e disfarça na sala
Da espingarda já tira os cartuchos
Vai levando por baixo do pala

O que pode roubar do gaúcho.

Bugio Novo

Bugio Novo
(Edson Dutra, João Pantaleão Leite)

Dos bugios que cantamos ao povo
Surgiu um novo contando lorotas
E trazendo na mala de viagem
A bagagem de mil anedotas

Diz que veio de um pago distante
Onde o diabo perdeu suas botas
Dos bugios que cantamos ao povo
Surgiu um novo contando lorotas

No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia

O bugio é medonho e tinhoso,
Mentiroso, malandro e sapeca
É capenga banguela e beiçudo
Orelhudo caolho e careca

É pitoco e do rabo caçoa
Bicho à toa e levado da breca
O bugio é medonho e tinhoso,
Mentiroso, malandro e sapeca

No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candieiro
E o sol chega mais tarde no dia

O bugio quando vai num churrasco
Faz fiasco criando alvoroço
Sapateia e vira o prato
E de quatro ele ronca bem grosso

Se embucha se estica e se volta
Mas não solta o seu beiço do osso
O bugio quando vai num churrasco
Faz fiasco criando alvoroço

No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candieiro
E o sol chega mais tarde no dia

O bugio quando dança baileco
É tareco que faz confusão
Dá de mão numa guampa de canha
Se assanha e se para gritão

É borracho daqueles sem rumo
Masca fumo e cospe no chão
O bugio quando dança baileco
É tareco que faz confusão

No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia



Intérprete: Os Serranos


O Cancioneiro Das Coxilhas

O Cancioneiro Das Coxilhas
(Adelar Bertussi, Honeyde Bertussi)

Quando eu saio a cavalo,
Montado no meu baio,
Cortando as coxilhas
Eu não acho atrapalho,

Com a gaita na garupa,
Pois eu a sempre tenho,
Vou dizendo quando saio,
Só não sei é quando venho.

Atravesso as canhadas,
Só na marcha troteada,
E numa boa sombra,
Eu faço a sesteada,

Eu abro a minha gaita,
E dou uma tocada,
De coxilha em coxilha,
Só se ouve a toada.

E quando é de tardinha,
Que o sol já vai entrando,
Na casa de um fazendeiro,
Eu vou me aproximando,

Com licença moçada,
De longe eu vou gritando,
É o cancioneiro das coxilhas,
Que aqui ai vai chegando.

E quando os galos cantam,
No romper da madrugada,
Lidando na mangueira,
Junto com a peonada,

Tomando um bom amargo,
No baio eu jogo a encilha,
E alegre se despede,
O cancioneiro das coxilhas.


Intérpretes: Os Tiranos, Os Serranos, Grupo Caverá


Esta Saudade

Esta Saudade
(Everson Maré, Edson Dutra)

Perguntei pra lua cheia
Onde anda meu amor
Respondeu que não sabia
Quase me matou de dor

Então perguntei pro vento
Meu amor onde andarás?
Respondeu que não sabia
Tristeza me fez chorar

Esta saudade, pega a gente deixa assim
Porque o vento na janela traz seu cheiro para mim

Perguntei para o destino
Porque ela não me quis
Respondeu que não sabia
Por isso sou infeliz

Então perguntei pra sorte
Porque ela me abandonou?
Respondeu que a vida é um sonho
Que este sonho se acabou


Caseriando

Caseriando
(Ênio Medeiros)

A noite turva era um breu
A lua estava em férias no infinito
Somente sobre os tentos de um catre vazio
Dava corda no relógio um grilito

Uma coruja chia espantando os cavalos
A cachorrada uiva quebrando o silêncio
Uma pulga chega pedindo pousada
Acampada nos pelegos do Terêncio

Sou caseiro, casereando, eu casereiro
Nos ranchos, nas fazendas e onde ande
Sou feliz por ter nascido aqui no sul
E fazer parte deste querido Rio Grande

Me reviro, perco sono e vou pensando
Em tesouros, causos de assombração
Um galo canta, se dormiu, não sei se ouviu
O pingo baio relinchando no galpão

Vou tirar leite a vaca estranha e senta as pata
Galinha, porco, reclamando seu quinhão
Pego o sogueiro, dou um jeito na recolhida
Nem tive tempo de tomar meu chimarrão
          
Conto nos dedos quantos dias ainda faltam
Pra sair do compromisso e da rotina
Comer comida feita por mão de mulher
E ir ao povo se encontrar com alguma china

Tomar um trago, parceiro do índio vago
Dar uma bailada nas bailantas da costeira
Contar ao patrão que aqui está tudo bem
Se for preciso eu casereio a vida inteira


Gineteando Um Chamamé

Gineteando Um Chamamé
(Everson Maré)

Larga paisano que eu daqui não caio mais
Domar um potro é como bailar um chamamé
Numa cantiga de mangaço e sapucay
Qual de nós dois é o mais xucro já se vê

Se até a vida eu já domei numa volteada
Só não consigo é domar meu coração
Qualquer ventena não me tira dos arreios
Larga paisano que este não me põe no chão

Se calço espora me sinto, maior que um rei
Dono do mundo no lombo deste bagual
Enforquilhado eu mostro tudo o que sei
Sou da fronteira, por favor não leve a mal

Quem estudou na escola grande da campanha
O xucro ofício desta lida campesina
Gosta do lombo de um potro porque sabe
Que o mundo fica mais bonito aqui de cima

Enquanto o maula corcoveia campo afora
Me sinto um taura porque Deus me fez assim
E os olhos dela me iluminam nessa hora
Larga paisano que esta doma tá pra mim



Pescador y Guitarrero


Pescador y Guitarrero
(Irma Lacroix, Horacio Guarany)

Pescador del Paraná
Que esperas piques de sueños
Mientras el río se lleva
Tu pulso de guitarrero.

Yo te he visto en la alborada
Con carnadas y aparejos
Y un silbido entre los labios
Que te sigue como perro.

La niña del agua tiene
De escamas la cabellera
Y una lagrima que moja
La trenza de su leyenda
La vida tambien es rio
Que va golpeando la piedra
La niña del agua tiene
De escamas la cabellera.

Tu guitarra pescadora
Tiene el cauce de tus penas
Y hay un anzuelo clavado
En su boca de madera.

Guitarrero y pescador
El tiempo es como un dorado
Que se nos va de las manos
Cuando menos lo esperamos.

La niña del agua tiene
De escamas la cabellera
Y una lagrima que moja
La trenza de su leyenda
La vida tambien es rio
Que va golpeando la piedra
La niña del agua tiene
De escamas la cabellera.

Canção de Amor e Pampas


Canção de Amor e Pampas
(Amaro Peres)

Olha esses campos são recantos que eu quero ter
Olha natureza e a certeza de um novo amanhecer

Olha nasce o dia relva fria pés no chão
Olha sol saindo como é lindo meu pampa em oração
Olha sol saindo como é lindo meu pampa em oração

Quero rancho pobre somos nobre tu e eu
Quero só um cantinho um pedacinho do Rio Grande meu
Quero no teu olhar poder buscar toda inspiração
Quero voz e violão isto só me basta pra te fazer canção

Me sinto dono da terra quando piso em teu solo
Me sinto dono do mundo quando adormeço em teu colo
Te comparo china morena ao rio grande meu país

Pampa moça meu futuro canção de amor que eu fiz
Te comparo prenda morena ao Rio Grande meu país
Pampa moça guitarra e vento tudo o que eu sempre quis

Bugio da Fronteira


Bugio da Fronteira
(Edson Dutra, João Pantaleão Leite)

Ronca o bugio de Lagoa Vacaria e serra abaixo
Mas esse veio da fronteira com chapéu de barbicacho
De bombacha e alpargata e gaiteiro de oito baixo    

Se te pego bugio eu te toso
Te tosando te tiro o cartaz
E te largo de cola erguida
E a cachorrada de atrás

O bugio, bicho atrevido se chegou com manha de sancho
Com olhar de sorro manso e as garras de iguais a carancho
Se escondeu da cachorrada e foi bater lá no meu rancho  

O bugio fez reviria no meu galpão de campanha
Desde o varal de morcilha ao velho tacho de banha
Se empanturrou com meu charque e se afogou na minha canha

E depois se foi a la cria satisfeito e batendo no bucho
E gritando se alguém achou ruim pode vim que eu agüento o repuxo
E quem visse via o capeta disfarçado de gaúcho

Bailanta do Tio Flor


Bailanta do Tio Flor
(Elton Saldanha)

Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor
Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor

Miro no espelho lá na cacimba
Firmo o cabelo na brilhantina
Vou me benzer na água benta da cantina

Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor
Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor

Bombacha nova par de botas de pelica
Tomo uma pura só pra ver como é que fica
Sou cantador de flor que não se achica

Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor
Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor

Ouço de longe um sapucai
São os taipeiros das barrancas do Uruguai
E a gaita velha num faz que vai mas não vai

Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor
Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor

De relancina maneia um olhar fujão
E desempenha na polca de relação
Quero prosear com a filha do patrão

Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor
Vamos embora ver onde chora o cantor
O pó levanta na bailanta do Tio Flor

A La Pucha Tchê


A La Pucha Tchê
(Iedo Silva)

A La Pucha Tchê
Não se assustemo
Que no perigo
A bala vem
Nós se abaixemo

Se a bala vem por baixo
Eu salto por cima
Se a bala vem por cima
Me atiro por baixo
Se a bala vem no meio
Respingo pra qualquer lado
E saio dando pulo
Mais do que tatu faqueado

Se me apontar o revólver
Esse gaudério nem liga
Mas se puxar uma faca
Me dá um frio na barriga
Procuro me defender
Quando a coisa fica feia
Não corro sem ver do que é
Não tá morto quem peleia

Tratar bem não é ter medo
Dizia o velho ditado
Eu não nasci de susto
Portanto não sou assustado
Não entro numa briga
Querendo me divertir
Dou um boi pra não entrar
E uma tropa pra não sair

Respeito todo mundo
Gosto de ser respeitado
Me orgulho das amizades
Por onde tenho passado
Faço amor não faço guerra
Porque sou homem de bem
Tenho amor por essa terra
E o povo que quero bem

Rio Grande

Rio Grande
(Airton Pimentel, Edson Dutra)

O Rio Grande tchê, é uma canção de amor
Que o mundo inteiro vai dançar cantar
E quem entrar na roda do chimarrão amigo
Terá na mão o coração de um povo hospitaleiro

E depois ao sentir rodear o carinho total de um viver singular
Que não há outro igual, é o amor de um bem querer
Você vai ver, você vai dançar, você vai beber
Você vai querer só amar

Eu Sou Do Sul

Eu Sou Do Sul
(Elton Saldanha)

Eu sou do sul, sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul, sou do sul
A minha terra tem um céu azul, céu azul
É só olhar e ver

Eu sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem um céu azul
É só olhar e ver

Eu sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem um céu azul
É só olhar e ver

Nascido entre a poesia e o arado
A gente lida com o gado e cuida da plantação
A minha gente que veio da guerra
Cuida dessa terra
Como quem cuida do coração

Eu sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem um céu azul
É só olhar e ver

Você, que não conhece meu estado
Está convidado a ser feliz neste lugar
A serra te dá o vinho
O litoral te dá carinho
E o Guaíba te dá um pôr do sol lá na capital

Eu sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem um céu azul
É só olhar e ver

A fronteira, los hermanos
É prenda cavalo e canha
Viver lá na campanha é bom demais
Que o santo missioneiro
Te acompanhe companheiro
Se puder vem lavar a alma no rio Uruguai

Eu sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem um céu azul
É só olhar e ver

Eu sou do sul
É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem um céu azul
É só olhar e ver

Eu sou do sul

Tordilho Negro

Tordilho Negro
(Teixeirinha)

Correu notícias que um gaúcho
Lá estância do paredão
Tinha um cavalo tordilho negro
Foi mal domado ficou redomão

Este gaúcho dono do pingo
Desafiava qualquer peão
Dava o tordilho negro de presente
Prá quem montasse sem cair no chão

Eu fui criado na vida de campo
Não acredito em assombração
Fui na estância topar o desafio
Correu boato na população

Foi num domingo clareava o dia
Puxei o pingo e o povo reuniu
Joguei os trastes no lombo do taura
Murchou a orelha teve um arrepiu

Botei a ponta da bota no estribo
Alguns gaiatos por perto sorriu
Ainda disse comigo eram oito
Que boleou a perna montou e caiu

Saltei do lombo e gritei por povo
Este será o último desafio
Tordilho negro berrava na espora
Por vinte horas ninguém mais nos viu

Mais de uma légua o pingo corcoviou
Manchou de sangue a espora prateada
Amanheceu o povo pelo campo
Procurava um morto pela invernada

Compraram vela fizeram um caixão
A minha alma estava encomendada
A meia noite mais de mil pessoas
Desistiu da busca desacorçoada

Daqui a pouco ouviram um tropel
Olharam o campo noite enluarada
Eu vinha vindo no tordilho negro
Feliz saboreando a marcha troteada

Boleei a perna na frente do povo
Deixei as rédeas arrastar no capim
Lavado em suor o tordilho negro
Ficou pastando em volta de mim

Tinha uma prenda no meio do povo
Muito gaúcha e eu falei assim
Venha provar a marcha do tordilho
Faça o favor e monte de selim

Andou no pingo mais de meia hora
Dei-lhe uma rosa lá do seu jardim
Levei prá casa o meu tordilho negro
Mais uma história quem chega no fim

Aos Domingos

Aos Domingos
(Gaspar Machado, Walther Morais)

Domingo de manhãzinha
Sento os recaus no gateado
De crina e casco aparado
O mundo é tudo o que eu quero
Meu pala branco de seda
Bota negra reluzenta
E uma bombacha cinzenta
De tudo que mais venero

Eu boto o pé no estribo
E o flete campeia a volta
Já com luzeiro de escolta
Unido à luz da boiadeira
E o brilho da feiticeira
Se corta no campo afora
Com a serenata da espora
Pra uma canção estradeira

Esta vida a gente leva
Nos encontros do cavalo
Pechando e botando pealo
Coisas que faço me rindo
Do bagual eu faço um pingo
Pra um andejar de aragano
Que não tem dias do ano
Mais belos do que os domingos

Pelo caminho se vai
Ao potreiro dos olhos dela
Sogueiros de sentinela
No lombo das sesmarias
Clareando as barras do dia
Encilho com a liberdade
E cabresteio a saudade
Pra tironear judiaria

Ao se cantar uma flor
O sentimento é dobrado
Troca orelha o meu gateado
Que inté nem toca no pasto
E o vocabulário gasto
Ensaia o que é de dizer
As coisas do bem querer
Pra garupa do meu basto.

Canto Alegretense

Canto Alegretense
(Antonio Fagundes, Bagre Fagundes)

Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão

Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã

Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy

E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer

E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão

Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy

Merceditas

Esta é a versão original  deste Chamamé, escrita por Ramón Sixto Rios em 1940. Alcançou sucesso nacional na Argentina em 1967 gravada por Ramona Galarza e depois em 1973 gravada por Los Chalchaleros, mais tarde foi gravada por muitos outros intérpretes com algumas alterações tanto de letra como de ritmo, em espanhol e em português.
Para mais informações consulte:

http://es.wikipedia.org/wiki/Merceditas


Merceditas
(Ramón Sixto Ríos)

¡Qué dulce encanto tiene
En mi recuerdo, Merceditas,
Aromada florecita,
Amor mío de una vez!

La conocí en el campo,
Allí muy lejos, una tarde,
Donde crecen los trigales,
Provincia de Santa Fe.

Así nació nuestro querer,
Con ilusión, con mucha fe.
Pero no sé por qué la flor
Se marchitó y muriendo fue.

Y amándola con loco amor,
Así llegué a comprender,
Lo que es querer, lo que es sufrir;
Porque le dí mi corazón.

Como una queja errante
En la campiña va flotando
El eco vago de mi canto,
Recordando aquel amor.

Pero, a pesar del tiempo
Transcurrido, es Merceditas
La leyenda que palpita,
En mi nostálgica canción.

Así nació nuestro querer,
Con ilusión, con mucha fe.
Pero no sé, por qué la flor
Se marchitó y muriendo fue.

Y amándola con loco amor,
Así llegué a comprender,
Lo que es querer, lo que es sufrir;
Porque le dí mi corazón.