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Mostrando postagens com marcador Os Posteiros. Mostrar todas as postagens
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SÓ RESTOU

Título
SÓ RESTOU
Compositores
LETRA
JOSÉ HILÁRIO RETAMOZZO
MÚSICA
MARCO AURÉLIO VASCONCELLOS
Intérprete
MARCO AURÉLIO VASCONCELLOS
 OS POSTEIROS
Ritmo
VALSA
CD/LP
11ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA
Festival
11ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA
Declamador

Amadrinhador

Premiações



SÓ RESTOU
(José Hilário Retamozzo, Marco Aurélio Vasconcellos)

Das carretas, sobraram rodados
Enfeitando o jardim dos patrões
Nos museus, os arreios quebrados
Das tropeadas, somente ilusões

Dos gaúchos restou pelas vilas
O domingo de muitos galpões
Apojando a guaiaca dos pilas
Sofrenando a má sorte aos tirões

Só restou desta lenta agonia
Distorcidas e mortas visões
Das peleias de teatro e poesia
E os arpejos de tristes violões

Só restou nos radinhos de pilha
Na garupa de som das canções
O centauro no altar das coxilhas
E o clichê que ainda causa emoções.

Pampa Pietá

Pampa Pietá
(Dilan Camargo, Newton Bastos)

Ó mãe das nascidas manhãs
Os cães farejam tuas irmãs.
Tende piedade de nós
Herdeiros, parceiros
Dos pecados do mundo
No campo
No amplo
Na pampa sem fim
Tende piedade de nós.

Pampa, pampa
Pampa, pietá!
Pampa, pampa
Pampa, pietá!

Pampa
Quanta soga
Quanta sova
Quanta cova
Sem altura
Sepultura
Pá de corte
Ao pé da morte.

Ó pai dos rebanhos das reses
Ouve o tamanho das rezas.
Tende de piedade de nós
Campeiros, tropeiros
Despiedados, sem mundo
No campo
No amplo
No pampa sem fim
Tende piedade de nós.

Pampa
Quantas luas
Sangas nuas
Dores tuas
Só lonjuras
Criaturas
Pés sem sorte
Fé prá os fortes.



Pampa Pietá - Os Posteiros by guascaletras

Águas Nativas

Águas Nativas
(Marco Aurélio Vasconcellos, José Barros Vasconcellos)

Águas claras, águas puras
Onde energias futuras
Nessas fontes se abeberam
São canais ligando portos
Esquecidos, quase mortos
Que ainda progresso esperam
É o coração do Rio Grande
Que pulsa forte e se expande
Carregando a produção
Que se escoa pelos rios
Enfrentando os desafios
Que nascem da evolução

Rio Uruguai, Ibicuí
Rio Pelotas, Camaquã
Taquari, Rio Jacuí
Rio Pardo, Ibirapuitã
Jaguarão, Rio Jaguari
Velho Rio Santa Maria
Rio Caí, Rio Quaraí
Rios que correm noite e dia

E nesse embalo das águas
Levando queixumes, mágoas
Os rios se estirando vão
Parecem serpentes mansas
Ou virgens de longas tranças
Artérias de um coração
Rios onde os barcos deslizam
E as águas fertilizam
Terras de planta e de mato
Onde os peixes abastecem
Vilarejos que florescem
Perdidos no anonimato

Rio Uruguai, Ibicuí
Rio Pelotas, Camaquã
Taquari, Rio Jacuí
Rio Pardo, Ibirapuitã
Jaguarão, Rio Jaguari
Velho Rio Santa Maria
Rio Caí, Rio Quaraí
Rios que correm noite e dia



Marco Aurelio Vasconcellos E Os Posteiros - Aguas Nativas by Guascaletras

Vida Razão E Sonho


Vida Razão E Sonho
(Marco Aurélio Campos, Marco Aurélio Vasconcellos)

Se amanhã eu tiver que partir
Por não ter mais razão prá ficar
Levarei nas rosetas choronas
Cantadeiras razões prá voltar
Com as choronas rosetas cantando
Por não ter porque ir ou voltar
Buscarei no amanhã dos meus sonhos
Se a razão do meu hoje ficar

Com razões cantadeiras voltando
Na chorona roseta há de estar
A razão que obrigou-me a partir
Transformada em razões prá ficar
Fiz da vida um rodeio de sonhos
Impassíveis por bem ou por mal
No saleiro a vontade dos outros
É boi gordo que vem lamber sal

Sou razão, vida e sonho buscando
No amanhã, mil razões prá andejar
E ir semeando passado e presente
Se o futuro puder me alcançar
Com razões cantadeiras voltando
Na chorona roseta há de estar
A razão que obrigou-me a partir
Transformada em razões prá ficar

Fiz da vida um rodeio de sonhos
Impassíveis por bem ou por mal
No saleiro a vontade dos outros
É boi gordo que vem lamber sal
Sou razão, vida e sonho buscando
No amanhã, mil razões prá andejar
E ir semeando passado e presente
Se o futuro puder me alcançar

Com razões cantadeiras voltando
Na chorona roseta há de estar
A razão que obrigou-me a partir
Transformada em razões prá ficar




Vida Razão e Sonho - Marco Aurélio Vasconcelos e Os Posteiros by Guascaletras

Arrogâncias De Milongas

Arrogâncias De Milongas
(Marco Aurélio Vasconcellos, Luiz de Martino Coronel)

Arrogâncias de milongas
Las traigo adentro em mi alma
Guitarras em noites longas,
Peleias em tardes calmas

Arrogâncias de milongas
Las traigo siempre comigo
Trança de ferro aos estranhos,
Cancela aberta aos amigos.

Arrogâncias de milongas
Son cosas mias de lo largo
Me agradam dois lábios doces
Tanto ou mais que um mate amargo.

Arrogâncias de milongas
Son mi saber y mi ciência
Sou humilde com os humildes
E guapo com as prepotências

Arrogâncias de milongas
Las traigo em mi corazón
São silêncios de distancias
Angústias de bandoneón.